Canadá: Roteiro a pé em Calgary e suas esculturas

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Confira o que fazer no centro de Calgary neste roteiro a pé fotografando suas esculturas e outros elementos arquitetônicos e artísticos.

Para te situar na nossa viagem: no início de Setembro visitamos Alberta, província no Oeste do Canadá cujas maiores cidades são Edmonton e Calgary, e chegamos nesta útlima numa madrugada depois de 24 horas de viagem saindo de SP e com conexão na Cidade do México, quando aproveitamos para conhecer seu centro histórico. Passamos uma noite em Calgary e pegamos novo voo para Anchorage, no Alasca. Os procedimentos de imigração para entrar nos Estados Unidos são feitos ainda em solo canadense, o que estranhei. Só depois de retornar ao Canadá nos hospedamos no centro de Calgary para, no dia seguinte, passear por downtown, mas nem sempre o clima sabe de nossos planos e amanheceu com uma chuva fina e um frio medonho, perto de 0 grau, então mudamos os planos e partimos para Banff. Depois de percorrer as estradas entre Banff e Jasper e de nos aventurar no Glacier National Park, em Montana, finalmente voltamos a Calgary, roteiro em mãos que nos surpreendeu muito positivamente

Calgary: Roteiro a pé pelo centro

Meu objetivo era despretencioso, baseada no pouco tempo de que dispúnhamos: conhecer algumas das mais de 50 esculturas de Calgary Downtown ao mesmo tempo em que perceberíamos a enorme transformação por que passou a cidade nos últimos 21 anos. Lá em 1997, quando fomos ao Canadá pela primeira vez, ainda não havia blogs de viagem e eu só sabia que Calgary era uma espécie de Dallas canadense, dominada por cowboys e que tinha uma torre panorâmica. Nesta viagem, Calgary se revelou moderna, com obras de arte pelas ruas entre os edifícios espelhados. Mas ao caminhar, ah, o caminhar e o estar lá são muito diferentes de nossas pesquisas e gostei muito do clima cosmopolita e ao mesmo tempo interiorano da cidade. Então inclua Calgary em seu roteiro pelo Oeste Canadense.

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Avistar Calgary de longe é como observar um desenho de uma criança: bordas vazias e somente o centro do papel é preenchido. Embora Calgary esteja perto das Rochosas, localiza-se no início das grandes planícies, então temos um horizonte plano e de repente um amontoado de edifícios altos e modernos.

Calgary

Como era domingo, pudemos deixar o carro estacionado na rua mesmo, sem ter que pagar o parquímetro. Mas há muitos estacionamentos no centro. 

Estacionamento com arte: mural de 1997 de Doug Driediger retrata atividades econômicas predominantes em Calgary – na 6th Ave

Começamos o roteiro pelas esculturas de 6,5m de altura “The Family of Man” (Macleod Trail com a 5th Ave), de Mario Armengol. Feitas para a Expo 1967 de Montreal, foram adquiridas por um cidadão calgariano (eita, será que é assim o adjetivo?) que as doou à cidade em 1968.

Calgary Canada esculturas

No quarteirão seguinte, fica um dos prédios modernos mais bonitos de Calgary, o The Bow, que toma um quarteirão inteiro. Na Centre com a 6th, fica uma de suas mais famosas esculturas, Wonderland, uma cabeça metálica de 12 metros de altura que convida os passantes a enteragir com ela, seja entrando ou, mais comum, fotografando-se.

Menos famosa é a escultura da mesma artista, Juame Plensa, Alberta’s Dream, que fica na parte de trás do The Bow e é bem mais discreta. Nomes das cidades da província de Alberta estão em alto relevo sobre o homem de bronze que abraça uma árvore de verdade. Aliás, a peça é conhecida como the tree hugger (abraçador de árvore). Tendo cruzado o sul de Alberta e visto os campos nus, tomados por pasto ou plantio acho que Alberta estava mesmo precisando de um. 

Descendo a 1st st, na esquina com a 7th, fica o Olympic Plaza e as esculturas “The Famous Five“, em homenagem a 5 mulheres da província de Alberta que lutaram pelos direitos das canadenses em 1929. na capital do Canadá, Ottawa, também tem um conjunto como este. Fiquei de ver na volta do passeio e não deu tempo…

The Famous Five, foto de Wikimedia Commons

Acho muito legal quando as cidades mantêm edifícios históricos preservados, além do fator histórico, o contraste dá um resultado visual prazeroso. 

Assim como Montreal tem um complexo subterrâneo de lojas e serviços para escapar das temperaturas baixas, Calgary (no inverno pode chegar a -20) achou uma solução mais agradável por ser menos claustrofóbica: diversos prédios estão interligados por passarelas envidraçadas:

Continuando o roteiro em Calgary, caminhamos em direção ao Bow River – o mesmo lindo que cruzamos, canoamos e fotografamos nas Rochosas – e chegamos a uma tímida Chinatown, mesmo sendo a 4a maior do Canadá. 

A partir do Sien Lok Park, seguimos o curso do rio Bow, um parque linear onde as pessoas aproveitavam os últimos dias de temperaturas amenas antes da chegada do outono. 

Atravessando esta ponte, chega-se ao Prince’s Island Park, onde há várias esculturas e aonde não fomos, mas fica a dica pra você. 

Que tal morar em frente ao rio Bow?

E naquele caminhar me esqueci das esculturas, talvez porque goste mais de natureza do que de cidades, talvez porque a tarde estava linda, talvez porque comer hotdog com salsicha alemã em Calgary fosse algo inusitado, talvez porque eu estava percebendo pequenos elementos que demonstram a preocupação de um governo com seu povo. Detalhes, mas cujo conjunto tornam a vida das pessoas mais fácil.

Bebedouros em diversas alturas – até para pets! Não é difícil fazer nem caro. 
o que fazer Calgary

E quando seu salto alto encaixa nas grelhas de respiro do metrô ou para escoamento de água nas calçadas? Em Calgary tem chapas antiderrapantes no formato de sapatos, para isso não acontecer. Ah, esse Canadá…

Mas havia ainda um elemento urbano em Calgary que eu precisava conferir: a Peace Bridge, uma ponte para pedestres com desenho do badalado arquiteto espanhol Santiago Calatrava. E aí mais um cuidado dos administradores da cidade: cadeiras dispostas na margem do rio para assistir ao pôr-do-sol!

Escurecia, então voltamos ao centro, passando por mais uma escultura, de Joe Fafard, DO, RE, MI, FA, SOL, LA, SI, DO, 8 cavalos que representam a importância destes animais na união do enorme Canadá.

E, claro, o símbolo desta e de muitas outras cidades do Oeste norte-americano: a torre panorâmica Calgary Tower. Com 190 metros, hoje ela é mais baixa que muitos prédios, mas ainda se destaca no horizonte.

Além da arte presente no centro, se você tiver o prazer de usar o aeroporto de Calgary, notará que as esculturas também fazem bonito por lá. Eu gostei tanto do aeroporto (OK, eu tinha acabado de sair do lotado e desorganizado aeroporto da Cidade do México, e talvez isto tenha contribuído para o bem-estar que senti no YYC) que fiz um post só pra ele: Calgary: quando o Aeroporto te Abraça.

Canada aeroporto banff
uma das esculturas do aeroporto de Calgary

Onde Ficar em Calgary

Se você vai usar Calgary apenas como dormitório para pegar um voo, o entorno do aeroporto tem vários hotéis, todos com serviço de transporte gratuito na chegada ou saída da cidade.

Ficamos em dois hotéis diferentes: duas noites perto do aeroporto e outra no centro de Calgary. Dormimos no que é confortável até no nome, o Comfort Inn&Suites Airport North quando desembarcamos no Canadá, na noite antes de voarmos para o Alasca (CAD$123 com impostos e café da manhã) e também em nossa última noite da viagem. O café da manhã segue o estilo do desjejum servido em redes grandes como Best Western, serviço self-service e muita panqueca, waffle, bacon e café fraco americano. Tem uma piscina coberta e aquecida e academia.

Hotel Calgary onde ficar

A noite em que voltamos do Alasca e começamos efetivamente a viagem pelas Rochosas, ficamos no centro, no Regency Suites Hotel. O quarto era na verdade num apartamento, com cozinha americana, sala e um quarto, muito conveniente para quem está com bebês ou crianças pequenas. O estacionamento é pago à parte do valor da diária.

Hotel Calgary onde ficar

Confira outras opções de hotéis, pousadas ou apartamentos em Calgary.

Minha lista ainda tinha muitas esculturas para fotografar, como The Conversation e The Trees, mas o tempo acabou, assim como nosso roteiro pela surpreendente Calgary.

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Marcia Picorallo

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Escrevo o Mulher Casada Viaja com carinho desde 2014, compartilhando minhas impressões dos lugares por onde passei, inspirando e ajudando leitores a planejar suas aventuras.

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Márcia, a viajante

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COMENTÁRIOS

12 respostas

  1. Que delícia sentir esse cuidado do governo. Primeiro mundo é aquela coisa…. Também adorei os bebedouros com várias alturas. Pormenores que fazem diferença né?
    Cidadezinha simpática essa Calgary

    1. Como vivo em SP, cidade atualmente abandonada em muitos pontos e aspectos, reparo muito nestes cuidados com a população. Desculpe, só vi agora os comentários deste post!

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