Trieste não costuma entrar nos planos de uma primeira viagem à Itália, e talvez por isso eu tenha me surpreendido tão positivamente com a cidade. Como aconteceu conosco, Trieste pode muito bem figurar em roteiros pela Eslovênia, seja a lindinha Liubliana a apenas 100 km, ou os Alpes Julianos.
Mas apenas quilômetros não justificam o motivo principal para conhecê-la. Trieste merece sua atenção pois tem tantos atrativos que só mesmo estando na Itália explica a cidade não estar na lista das mais visitadas, como acontece com tantos outros destinos da Bota.
E como foi boa esta esticadinha à Itália! Se o país não é meu destino principal na Europa, tento ao menos dar uma pulinho, como foi nesta viagem pelos Balcãs e como fiz quando fui à Suíça no verão. Gosto tanto que aqui no Mulher Casada Viaja tem muitas dicas da Bota:
- Costa Amalfitana
- Cinque Terre
- Montanhas Dolomitas
- Lagos Como, Garda e Maggiore
- cidades mais visitadas da Toscana
- e das clássicas Veneza, Verona, Milão, Florença, Roma
Não sei se é o sangue italiano que corre em minhas veias, se é o charme da língua, a elegância das roupas, a beleza dos italianos (marido, não fique com ciúmes), as delícias da mesa, as ruínas romanas e as vielas medievais. E Trieste tem isso tudo e ainda a beleza arquitetônica herdada dos tempos em que foi dominada pelo Império Austro-Húngaro. Ah, tem o mar Adriático e fica perto das montanhas. Amei!
COMO CHEGAR A TRIESTE
Trieste fica na macrorregião norte da Itália, região Friuli Venezia Giulia, numa faixa do Mar Adriático chamada Golfo de Trieste. A fronteira com Eslovênia, antiga Iugoslávia, fica a apenas 10 km, dá pra ir andando!
A cidade italiana mega turística mais próxima de Trieste é Veneza, a 160 km de Veneza, enquanto Liubliana, capital da Eslovênia está a 94 km.
Trieste de Carro
Chegamos a Trieste de carro alugado, no dia em que deixamos Liubliana e conhecemos o surpreendente Castelo de Predjama e a incrível caverna de Postojna, a 49 km apenas. Como os dois países pertencem à Comunidade Européia, não há controle de passaportes, um motivo a mais para incluir Trieste em seu roteiro por Croácia e Eslovênia, como fizemos.
Não há necessidade de usar o carro em Trieste, se você ficar apenas pelo centro histórico, e mesmo para ir ao Castelo Miramare, por exemplo, a 8 km da Piazza Unità d’Italia, você pode usar ônibus. Mas é claro que o carro faz com que o tempo renda, a gente pode parar onde vê algo interessante, etc.
Trieste em ônibus turístico
Se preferir conhecer o melhor de Trieste com ônibus turístico, nossa parceira Civitatis comercilaiza um tour de 75 minutos com comentários gravados em espanhol e inglês sobre os monumentos pelos quais passará. Como tem validade de 24 horas, você pode usar o dia inteiro, subir e descer quantas vezes quiser.
Onde estacionar no centro de Trieste
Para estacionar no centro de Trieste, a melhor opção é o enorme Park San Giusto, que tem valor acessível (1,90 €/hora, 20€/24h) considerando a localização e qualidade. São 3 andares subterrâneos divididos em dois setores, bem sinalizados, iluminados e com vagas amplas.
O quarto em que ficamos, numa das principais praças de Trieste, oferecia 15% de desconto no Park San Giusto. Faça sua reserva pelo Booking e ganhe você também!
Trieste de Avião
Estando na Europa, você pode pegar um voo para o Aeroporto de Trieste – Friuli Venezia Giulia (TRS), a 40 min da cidade.
Trieste de Trem ou Ônibus
Há trens diretos de várias cidades italianas, como Veneza, Milão e Roma, à estação Trieste Centrale, que fica a apenas 1 km da Piazza central, a da unificação italiana. Confira na Trenitalia os horários e preços. Em geral, 3 meses antes da viagem já é possível comprar o bilhete.
Os ônibus da Flixbus são econômicos e têm várias rotas pela Europa, e você pode comprar no site ou pelo app.
OS POVOS QUE DOMINARAM Trieste
Trieste teve uma história rica e complexa, passando por diferentes períodos de domínio e assimilação cultural, que ainda não terminaram, pois imigrantes continuam chegando, contribuindo para sua diversidade e singularidade cultural. Não me lembro de ter visto em outra cidade elementos arquitetônicos tão evidentes desse processo, Nas praças, nas ruas, e claro nos museus.
Os vestígios mais antigos do assentamento urbano de Trieste datam de meados do século I aC, a nomeada Tergeste pelos romanos que ali se estabeleceram no século 2 aC, já era um importante porto e ponto de passagem comercial do Mar Adriático.
Após a queda do Império Romano do Ocidente, Trieste passou ao controle do Império Bizantino no século 6 dC, mantendo sua importância como porto comercial.
Depois vieram povos lombardos no século 8, a República de Veneza no 13, e por último a austríaca no 18. E finalmente o processo de unificação dos reinos da Itália, processo que ocorreu na segunda metade do século 19.
ONDE FICAR EM TRIESTE
O melhor lugar para ficar em Trieste é o centro histórico, não importa muito onde: perto do Grande Canal, da piazza Unità d’Italia, ou perto da estação de trem, embora seja sempre mais feinho e bagunçado ao lado das estações. Mesmo que esteja de carro, fique no centro, pois o principal estacionamento de Trieste, o San Giusto, tem valor acessível.
E ficando no quarto em que ficamos, o Locanda al Volo tor Bandera, você ganha 15% de desconto no estacionamento, que fica no mesmo quarteirão. O prédio tem elevador e portaria durante o dia, mas recebemos as chaves para entrar no prédio e no apartamento. Nos destaques (Trieste) do Instagram, tem video mostrando o quarto e a vista para a Piazza della Borsa.
Para uma estadia relaxante, o apartamento San Nicolò Suites tem Nuovo Alberto Centro tem
Se você prefere as comodidades de um hotel, o Grand Hotel Duchi d’Aosta fica na linda Piazza Unità d’Italia, tem piscina interna aquecida e café da manhã fabuloso, segundo avaliação de hóspedes, que atribuíram-lhe também a nota de 8.8. O Double Tree by Hilton fica num palazzo histórico lindo na Piazza della Repubblica e tem nota 8.9.
QUANTOS DIAS EM TRIESTE?
Passamos 2 noites e 2 dias em Trieste e achei suficiente para ver os principais pontos turísticos. No final da primavera, quando o sol se põe após as 21h, o dia rende para atividades ao ar livre. Num ritmo intenso, mas com intervalos para o dolce far niente, visitamos igrejas, museus e castelos, e passeamos pelo centro histórico.
O QUE FAZER E VER EM TRIESTE
Nestes dois dias, não tivemos tempo para tudo o que listo abaixo, mas deixo as dicas. Você notará que os pontos turísticos com opiniões pessoais são os que conseguimos incluir no roteiro de 2 dias em Trieste.
Praças principais no centro histórico
É possível caminhar por todo o centro, sem precisar de ônibus ou trem. Mas para subir a colina San Giusto, use gratuitamente (sim, em Sorrento o elevador é cobrado para ir do nível do mar à cidade) o elevador do estacionamento San Giusto.
Canal Grande
O Canal Grande é uma área aberta ao mar encantadora para passear, tomar um drink ou gelato, com pequenos barcos, belas pontes e prédios com traços austríacos e italiano. Há vários restaurantes e cafés ao redor, pena que só passamos por lá durante o dia, pois deve ser lindo ao entardecer e à noite. A igreja Santo Antonio Taumaturgo é a que fica bem em frente ao mar, fechando o canal, e ao lado fica a linda igreja ortodoxa sérvia, que estava fechada na segunda-feira quando tentei visitá-la, quase chorei.
Piazza Unità d’Italia
Coração de Trieste, a Piazza Unità d’Italia impressiona pelo tamanho, encanta pela beleza dos edifícios e quando chegamos, num domingo, era tão cheia de vida que nos atraía como um ímã. A praça aberta ao mar parece aguardar o desembarque de quem chega em grandes navios ou pequenas embarcações, mas sob o domínio austríaco ali havia jardins.
O prédio da Prefeitura (palazzo Pitteri), de 1875, fica de frente para o mar. Note seu relógio e sino, este ao lado de duas figuras de bronze que substituíram os originais em 1972 (e que hoje estão no museu do Castelo San Giusto).
Em frente fica a Fonte dos Quatro Continentes (ainda não haviam ‘descoberto’ a Oceania).
No lado direito da Praça ficam o Palazzo Stratti e o Palazzo del Governo. O Stratti foi construído por mercador grego em 1839 e abriga o histórico Caffè degli Specchi. Segundo a gerente do apartamento que alugamos, ele agora pertence a chineses – e torceu o nariz.
O Palazzo del Governo (foto de abertura do post e em detalhe abaixo) é o edifício mais recente da praça (1905). Seus mosaicos dourados brilham no pôr do sol, e as águias originais, símbolo da Áustria, foram substituídas em 1919 pela cruz de Savoia.
No lado esquerdo da piazza fica o Palazzo della Regione, antigo Lloyd Austríaco, uma das empresas marítimas mais antigas de Trieste e mais importantes do mundo entre os séculos 19 e 20. Desde 1991 é sede do Conselho Regional de Friuli Venezia Giulia.
Piazza della Borsa
No século 19, esta praça era o centro financeiro de Trieste, onde os abastados cidadães construíram seus palazzi. O centro da praça de formato irregular é dominado pela fonte de Netuno em frente ao prédio da Bolsa de Valores, onde hoje fica a Câmara do Comércio.
Do lado oposto da praça, o Palazzo Bartoli se destaca por dois motivos: o forte estilo art nouveau e a placa USA, UK come back! Free Territory of Trieste. Encontrei a explicação a respeito: “A alegação é que Trieste, declarada território livre após 1947 sob o controle dos governos americano e britânico, nunca foi formalmente devolvida à Itália depois que as forças aliadas partiram em 1954 e, portanto, deveria retomar seu regime de porto franco. O movimento acredita que não havendo documentos que afirmem o contrário, Trieste deve permanecer independente do resto da Itália, gozando assim de um regime de isenção fiscal.”
Ruínas Romanas
Teatro Romano de Trieste
Bem no centro histórico, ao lado do maior estacionamento subterrâneo da cidade, a 300m da Piazza Unitá d’Italia, aberta para os olhos de qualquer um que passe pela calçada sem ter de pagar ingresso, fica o Teatro Romano de Trieste.
Construído no final do século I d.C., durante o governo do imperador romano Trajano, com capacidade de aproximadamente 3.5 mil espectadores, servia como local de entretenimento, com apresentações de teatro, música e competições atléticas.
Em 1814, foi levantada a hipótese de haver uma arena devido ao nome da villa construída sobre suas ruínas, mas as escavações começaram apenas em 1938 quando um novo edifício seria construído ali.
No Museu do Castello di San Giusto você encontrará estátuas, mosaicos e outros elementos arqueológicos que faziam parte do Teatro Romano.
Fórum Romano
No alto da colina onde ficam a igreja e o castelo de San Giusto, você verá as ruínas do fórum romano, algumas pedras com inscrições ou detalhes arquitetônicos espalhadas. As colunas foram parcialmente reconstruídas com tijolos vermelhos para realçar as formas originais, de acordo com a prática arqueológica da época. No museu do Castelo de San Giusto, você verá estátuas e outros elementos arquitetônicos.
O pórtico da basílica cívica foi usado como base para a construção do campanário da igreja, e do lado oposto está o monumento aos mortos na Primeira Guerra Mundial. Foi justamente a construção dele em 1929 que se descobriu este sítio arqueológico.
Arco de Ricardo
Descendo a colina de San Giusto pela via della Cattedrale, chegamos à porta romana que fazia parte das muralhas da cidade. Não causa o impacto de tantas portas romanas que vemos em Roma, Turim ou Milão, mas por estar ali no meio de casas e ser a única, ganha destaque merecido.
Castelos e Fortes
Encontre os artigos com informações completas sobre o Castelo San Giusto, o Castelo Miramare – e outras dicas da região Friuli Venezia Giulia – na página Trieste
Castelo de Miramare
Assim como Trieste me surpreendeu, fiquei me perguntando o motivo de eu nunca ter ouvido falar deste castelo antes de colocar Trieste no roteiro pelos Balcãs. Que lugar maravilhoso! E me desculpem os italianos, mas os austríacos sabiam fazer palácios e jardins!
Fica fora do centro, mas o caminho até lá tem vista para o mar e parques, mais um bom motivo para conhecê-lo.
Compre seu ingresso antecipadamente, pois o interior do castelo não é tão grande, e ele é uma das principais atrações de Trieste. Compramos o nosso ingresso do Castelo Miramare na Tiqets, e na entrada foi só mostrar o voucher eletrônico.
Castelo San Giusto
Aqui só vou dar uma dica preciosa, pois o complexo San Giusto merece um post próprio. Entre no Park San Giusto para usar o elevador e chegar ao topo da colina. Tem sinalização indicando como fazer e é gratuito. Depois da visita, desça a pé pela via Cattedrale.
Natureza
Como são as Praias de Trieste?
Trieste tem vista para o mar Adriático, mas não espere praias de areia fofa – ou de pedras. Para nós brasileiros pode parecer estranho deitar numa praia de concreto, mas por outro lado senti uma ponta de inveja ao ver jovens dormindo em frente ao mar, sem se preocupar com bolsas ou celulares sendo roubados.
Na verdade, sugiro as praias nos arredores de Trieste não para banhos, mas para longos passeios pela orla, spritz ao por do sol, admirando a beleza do Adriático e os inúmeros veleiros nas marinas.
Achei bem diferente a costa do Golfo de Trieste das praias de Cinque Terre ou da Costa Amalfitana, e assim como nas lindas praias da Croácia, são pinheiros que trazem conforto térmico aos banhistas. O mais inusitado é que nas praias de Trieste o mar é alcançado por escadas, como nas praias de Barcola, San Rocco ou Sirena.
A água do mar em Trieste é cristalina, e no mês mais quente de agosto fica perto dos 26o, temperatura parecida com a da Praia de Copacabana, por exemplo.
Há quiosques com serviços variados na avenida beira-mar, a Lungomare, que vão da rede Le Pain Quotidien a cafés locais, todos disputadíssimos no final da tarde, para o espetáculo do pôr do sol.
Mais inusitada, e que me lembrou o Catar, é a praia de La Lanterna, conhecida como Pedocin: além de ser paga, um muro separa os homens das mulheres e no mar há uma corrente! Segundo soube, esta é uma das heranças do Império Austro-Húngaro e que o povo de Trieste quer manter.
O Porto de Trieste
Comercialmente, o porto tem uma longa história e relevância, mas vou me ater ao turismo. No verão, Trieste recebe navios de cruzeiro quase diariamente, mas o que embeleza sua costa são as marinas. E é interessante notar que os barcos são, em sua quase totalidade, veleiros, e não motorizados, como é mais comum por aqui no Brasil.
A maior regata do mundo é a de Trieste
A explicação para tantos veleiros pode ser por causa do vento que sopra nesta parte do litoral e porque, ou talvez por isso, Trieste sedia a maior regata do mundo, a Barcolana, que acontece no segundo domingo de outubro desde 1969. Na edição de 2018, entrou para o Guinness Book, com 2.689 participantes.
Pineta di Barcola
A apenas 5 km do centro histórico, este parque à beira mar é palco de inúmeros eventos culturais e onde os moradores de Trieste frequentam para atividades ao ar livre, desfrutar do sol e nadar. Gostei de conhecê-lo para ter uma ideia do estilo de vida local, e como era final de primavera, o clima era de festa. Uma ponta dele aparece na segunda foto acima.
Parque Natural de Val Rosandra
Para quem não dispensa uma trilha, Val Rosandra oferece vários níveis, cachoeiras, cavernas e grutas, quase na divisa com a Eslovênia, mas a apenas 10 km de Trieste.
Gruta Gigante
Trieste tem uma das maiores cavernas turísticas do mundo, só não a visitamos porque tínhamos acabado de conhecer a incrível caverna de Postojna, na Eslovênia. A Grotta Gigante tem 500 degraus para ser alcançada e pode ser visitada apenas com reservas pelo site acima.
Igrejas
Trieste tem igreja anglicana, luterana, ortodoxas, sinagoga. Infelizmente a igreja que eu mais queria conhecer, depois da San Giusto, estava fechada, a Ortodoxa Sérvia, que fica no Grande Canal.
A sinagoga de Trieste é uma das maiores da Europa, pois a comunidade judaica era superior a 5 mil pessoas na época de sua construção. Por falar nisso, Trieste tem um gueto judaico e infelizmente até um campo de concentração nazista, Risiera di San Sabba, o único campo de concentração com crematório em território italiano. Hoje é um museu.
Catedral de San Giusto
A San Giusto fica na colina ao lado do Castelo/Fortaleza, e é resultado da união de duas igrejas, a dedicada a San Giusto e a Santa Maria, formando a catedral de Trieste no início do século 14. Além da beleza dos bancos e da remanescente pintura, os mosaicos dourados são o destaque, executados por artistas de Veneza no século 11, e representam Santa Maria Assunta.
A foto central acima é da Capela do Tesouro, onde está o relicário de San Giusto e a lança de São Sérgio, que aparece no emblema de Trieste. Segundo a lenda, a arma caiu milagrosamente do céu no fórum da cidade em 8 de outubro de 303, quando o santo soldado foi martirizado na Síria. Diz-se que a lança é resistente à ferrugem.
O campanário tem 5 sinos, e originalmente era mais alto. Sua altura foi reduzida no século 15 por ter sido atingida por um raio. Note os baixos-relevos reaproveitados da construção romana para decorar a parede da torre e a estátua de San Giusto adicionada em estilo gótico, segurando a palma do martírio (que distingue um santo mártir) e o modelo da cidade de Trieste na outra mão.
Museus
Além dos castelos-museus que eu cito acima, Trieste conta com inúmeros museus. Como esses foram os únicos que visitei, deixo o link para uma lista de 10 principais museus.
Excursões perto de Trieste
A Eslovênia é logo ali, demos até risada, pois saímos de Trieste em 1 hora cruzamos a fronteira com Eslovênia e chegamos à Croácia! Aproveite e estique até Liubliana, Piran, Pula, não faltam opções. Veja estas que selecionei:
Compras
Caminhe pelas ruas de comércio, como a Via S. Spiridione, Corso Italia e a Dante Allighieri. Eu só tive tempo pra escolher lembrancinhas da Kiko Milano, loja de cosméticos a bons preços.
O site de turismo de Trieste sugere 3 áreas para compras, todas exclusivas para pedestres: Via San Nicoló, Vialle XX Setembre e Cavana/Guetto.
onde comer em trieste e preços
É claro que estando na Itália a deliciosa pizza é presente, mas a oferta de frutos do mar proporciona massas ou risotos com camarão e mexilhão. E se você precisar de um gás (rsrs), o macarrão com feijão é dito como um prato típico de Trieste.
O aperol spritz também é muito pedido, mas o Hugo spritz é o drink que Trieste herdou dos tempos do império austro-húngaro. E só viajando com a filha mesmo pra descobrir a coca-cola italiana, a molecola!
Trieste é conhecida como a cidade do café, além do histórico gosto dos italianos pela bebida. Eu até tinha anotado alguns cafés históricos para visitar, mas privilegiei outros pontos da cidade, pois os dias estavam lindos e ficar ao ar livre foi ótimo.
Na primeira noite em Trieste, eu queria ver o pôr do sol, e segui a sugestão de um bar no rooftop, o Pier, no Molo Venezia. Como estava muito cheio, paramos ali perto, no Eataly, que tem painéis de vidro com vista para a marina (foto abaixo). Mas o cardápio era bem restrito, não curti. Já a loja é maravilhosa, dá vontade de comprar tudo! Aperol Spritz por €5, molecola por €3, panino por €7.
No dia seguinte tomamos café da manhã no Bar Portizza, na Piazza della Borsa. Eu tentando falar italiano foi uma decepção ahaha. Suco de laranja por €4, brioche €1,50, café €2,50
Fizemos uma escolha sem pensar muito e o almoço não foi lá muito especial no Ristorante La Piazzetta.
À noite comemos na Trattoria Caprese, e adoramos! Comida saborosa, atendimento bom, apesar de as mesas no calçadão estarem todas ocupadas. Cobraram apenas 2 coberto (€5), apesar de estarmos em 3. A pizza saiu por €9 e a massa carbonara por €14. Meio litro de vinho da casa €8.
OUTRAS DICAS DE VIAGEM A TRIESTE
- preços que vi numa lavanderia: 9 kg de roupa por €6, 18 kg por €9. Para secar, mais €3 por 17 min.
- lugares perto de Trieste para incluir no roteiro, tanto cidades quanto destinos de natureza, na Itália, Eslovênia ou Croácia. Veja em Nossa desconhecida região italiana Friuli Venezia Giulia
- no segundo domingo de outubro, Trieste pontua o mar com veleiros na maior regata do mundo, a Barcolana. Em 2002, foram registrados 1968 participantes.
- o café tem destaque tão especial em Trieste que existem expressões só usadas por lá, como nero, para um expresso.
- Conhecida como la città del vento, Trieste que há até um nome para o vento norte que sopra a nordeste e atinge a costa do Golfo: Bora.
Respostas de 11
Adorei conhecer Triste pelos seus olhos. Nunca tinha lido sobre ela. Como sempre você gerando a vontade de conhecer um lugar. Temos gostos muito parecidos!!!!! Triste vale demais visitar. A Itália é tudo de bom.
Sou suspeita pra falar da Itália, você sabe. Não acho que seja um destino principal de viagem, mas estando na Eslovênia ou norte da Bota, vale muito ir a Trieste.
Adorei ler sobre Trieste aqui no blog! Estou de olho nessa cidade pra um possível roteiro começando pelo norte da Itália e depois indo pra Croácia!
Ótima escolha, Fernanda, Tanto a Croácia quanto a Eslovênia têm muitos lugares acessíveis a partir da Itália. .