Cruce Andino: uma viagem com 8 horas de duração, em três embarcações e em três ônibus, mas não se trata de uma viagem para chegar a um destino. O objetivo é o caminho, a paisagem de lagos, vales, montanhas de picos nevados, floretas úmidas. A excursão parte de Bariloche na Argentina com destino a Puerto Varas, no Chile – ou o sentido inverso. Eu fiz o Cruce Andino no inverno, a convite da Turisur, partindo de Bariloche numa sexta-feira, pernoitando duas noites em Puerto Varas e retornando a Bariloche no Domingo. Conto agora neste post minhas impressões.
Mas o que é o Cruce Andino, afinal?
Não se trata de um cruzeiro, pois como eu disse além dos passeios de barco em lagos, três ônibus vencem a parte terrestre entre vales e montanhas. Veículos ou embarcações particulares não estão autorizados neste caminho, pois não há estrutura de estradas ou ferryboats, então a estrada de mão única é só para seu grupo, assim como a navegação em alguns dos lagos. Além de ser um caminho com paisagens deslumbrantes, é também histórico, porque era o único usado para se comercializar artigos do Pacífico e produtos patagônicos antes da construção da Ruta 40, uma espécie de Route 66, que cruza a Argentina.
Como fazer o Cruce Andino
Como eu disse, o Cruce Andino pode começar em Bariloche ou em Puerto Varas (ou Puerto Montt). Em Bariloche é operado exclusivamente pela Turisur e em Puerto Varas pela Turistour.
Seja qual for a origem, o percurso e os pontos a serem visitados são os mesmos, mas no inverno, se você parte de Bariloche, não há luz suficiente no final do dia para visitar o Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, no Chile. A solução é realizar o passeio em dois dias, pernoitando em Peulla no meio do caminho, ou fazer como eu fiz, ficando em Puerto Varas e fazendo o caminho de volta a Bariloche em outro dia. Custos de hospedagem e alimentação não estão inclusos no preço da excursão.
Você pode contratar o traslado hotel-Puerto Pañuelo (leia sobre a estrutura do Porto no post Puerto Blest e Los Cantaros), de onde partem as embarcações que navegam o Lago Nahuel Huapi ou chamar um remisse (tipo de taxi, comum e seguro). Há também ônibus público que chega até o porto. Leia sobre remisses, ônibus e aluguel de carro em Bariloche no Guia para Planejar sua Viagem a Bariloche. O percurso até Puerto Pañuelo é muito bonito e é parte do Circuito Chico, uma excursão bastante popular em Bariloche.
Como é o Cruce Andino no Inverno
Ao chegar no porto, sua bagagem é identificada e colocada na esteira para embarcar e você só vai revê-la quando chegar ao hotel escolhido, seja em Puerto Varas, seja em Peulla. Por isso, carregue com você tudo o que for precisar ao longo do dia. Depois dirija-se ao guichê no prédio do porto para pagar a taxa de embarque (32 pesos em julho/2015) e aguarde a abertura do portão de embarque.
Pegou o passaporte? Você precisará dele, pois cruzará a fronteira Argentina-Chile ou vice-versa. Esqueci o meu… Pois é, macaca velha relaxa e perrengue, here it comes! Eu também não tinha meu RG porque só carrego a Carteira de Habilitação. Coisas de quem vive em SP. Ainda bem que percebi logo ao receber a documentação da imigração, ainda no porto, a tempo de descer do barco. O pessoal da Turisur foi muito compreensivo e eu não precisei pagar a taxa de embarque novamente quando retornei para finalmente fazer o Cruce no dia seguinte. Obrigada, gente!
Às 10h o catamarã Victoria Andina zarpa para navegar o Nahuel Huapi em direção ao Braço Blest. O barco tem calefação excelente, sistema de som e vídeo, sanitários e cafeteria. Nesta primeira parte do percurso, que dura cerca de uma hora, você certamente vai querer alimentar as gaivotas que seguem o barco, então não se esqueça de levar biscoitos (simples, sem recheio) ou pão. E prepare-se para o frio do inverno com luvas, toucas e um quebra-vento. Logo ao entrar no Braço Blest, vemos a Ilha Sentinela, onde estão os restos mortais de Perito Moreno, grande herói dos parques nacionais e importante figura na demarcação da fronteira entre Chile e Argentina. O barco toca a buzina para prestar sua homenagem. E se você estiver imaginando onde foi que ouviu esse nome antes, ele está presente em ruas de Bariloche, nomeia uma cidade argentina, lagos e é mundialmente conhecido pela geleira que fica no sul da Patagônia Argentina, a (surprise!) Perito Moreno. Aproveite e leia sobre como foi caminhar sobre esta geleira no post Caminhando sobre o gelo. Quem sabe você inclui o Sul da Patagônia no mesmo roteiro?
Pouco depois das 11h chegamos ao belo Puerto Blest, onde pudemos tirar algumas fotos. Há um hotel em frente ao porto que possui lanchonete e sanitários, uma praia e o Rio Frias, mas não há muito tempo para curtir o lugar (faça o passeio Puerto Blest para isso) pois o primeiro ônibus do dia nos espera atrás do hotel.
O ônibus é de modelo urbano, com bancos baixos, relativamente confortável, mas o percurso é bem curto, 3 quilômetros, e o sacolejo não chega a incomodar. O trajeto leva entre 10 ou 15 minutos e chega a Puerto Alegre, onde não há nada além da paisagem. E que paisagem!
Puerto Alegre fica em uma das pontas do Lago Frias, 770 metros acima do nível do mar, e foi locação do premiado filme Diários de Motocicleta, de 2004. É um lago menor, de águas caudalosas, de um tom de verde lindo e paisagem ímpar, inclusive avista-se dele o vulcão Cerro Tronador, com 3.491 metros de altura. O Tronador tem nove geleiras e algumas podem ser avistadas, principalmente na excursão Cerro Tronador.
O percurso neste lago de 70 metros de profundidade é bem curto, apenas 3 quilômetros, mas lindíssimo. Quando chegamos à outra ponta, em Puerto Frias, fazemos os procedimentos de saída da Argentina. Algumas malas são inspecionadas, aleatoriamente.
Passaporte carimbado, às 13h nos despedimos da guia argentina e um guia chileno nos acompanha durante o percurso de ônibus de 1h30 até Puella. Tive a grande sorte de ter um guia tão bacana quanto o Guillermo. Sempre acreditei que para se tornar um bom profissional em qualquer área é preciso conhecimento, técnica, experiência, paixão para o trabalho, mas acima de tudo, dom. Guillermo não fez nada diferente dos outros guias, foi apenas ele mesmo, e isso é o que fez toda diferença. As orientações, informações sobre a paisagem, dados históricos eram passados num tom de voz agradável e pausado, o que permitia fácil compreensão do espanhol e principalmente interesse de quem está mais voltado à paisagem do que a números e fatos.
Antes de chegar a Puella, o ônibus faz uma parada bem na divisa entre Argentina e Chile, pouco mais de 200 metros montanha acima (900 metros acima do nível do mar) para fotografarmos.
O ônibus segue em meio a um tipo de floresta denominada Floresta Temperada Pluvial, existente apenas em regiões de latitudes e longitudes diferentes como Estados Unidos (Califórnia, Oregon, Washington e Alasca), Nova Zelândia, Noruega, Tasmânia, Japão e Taiwan. Passa por campos de degelo como o da foto abaixo e por fazendas, que já existiam antes da oficialização da área como Parque Nacional.
Chegando na aduana do Chile, em Peulla, todas as malas e bolsas são inspecionadas e o guia explica o porquê: Chile fica entre a Cordilheira dos Andes a Leste e o Pacífico a Oeste. Estas condições, ao mesmo tempo em que isolam o país, contribuem para a ausência de pragas e doenças provenientes de outros países que pudessem afetar a agricultura, então nenhum alimento in natura pode passar pela fronteira. Eu já falei sobre isso quando cruzei a fronteira Argentina-Chile no post De El Calafate a Torres del Paine.
Peulla é um vilarejo a 76 quilômetros de Puerto Varas e de poucos habitantes. Além da aduana, tem uma escola para atender as poucas crianças (5, segundo o garçom do hotel), o Hotel Natura Patagonia e as atrações locais são passeios a cavalo, caminhadas e tirolesa. Fazemos uma pausa de 90 minutos para almoçar. Quem opta por fazer o Cruce Andino em dois dias, fica hospedado neste hotel e prossegue no dia seguinte ou outro determinado.
Apesar do isolamento de Peulla, os alimentos estavam frescos, mas não posso dizer que foi o melhor salmão ou truta que já comi. O atendimento é meio lento devido aos poucos funcionários, mas que bom não tornaram o almoço do tipo bandejão ou PF. O serviço é a la carte, apesar de estar todo mundo com pressa para seguir viagem. Veja os preços no final deste post.
Como eu fiquei de papo com um casal na hora do almoço, não tivemos tempo para explorar a região (sorry, Marcia e Ademir!), que tem uma paisagem bonita entre montanhas e o Rio Negro. Às 16h tomamos o ônibus até o porto no lindo lago Todos Los Santos, que tem esse nome por ter sido avistado no dia de Todos os Santos.
O lago tem uma cor impressionante (eu falo isso de todos, mas é porque cada um tem um tom diferente do outro e todos lindos). A coloração de lagos de degelo é proveniente de partículas leves que se desprendem da rocha no degelo e, por serem leves, esses sedimentos ficam suspensos na superfície dos lagos.
O Lago de Todos Los Santos tem uma área de 178 km² e profundidade máxima de 337 metros (!) e está 150 metros acima do nível do mar. A maior parte dos lagos andinos são profundos assim pela formação glacial e processos vulcânicos, segundo a Wikipedia.
No inverno, o sol se põe mais ao Norte, e o Osorno fica em contra luz a maior parte da navegação. Acho que de manhã, no percurso Chile-Argentina, fica mais fácil avistá-lo, mas como chovia no dia em que fiz esse trecho, não tenho certeza. Pergunte na agência se fizer questão de boas fotos. Repare nas duas fotos abaixo: a primeira não está em contraluz e vê-se o verde esmeralda do lago. A segunda tem o vulcão Osorno, o porto, o Hotel Petrohue Lodge, mas nada do esmeralda.
Tomamos então o último ônibus do Cruce, com destino a Puerto Varas, por volta das 17h30. O ponto mais afastado de Puerto Varas tinha as margens tomadas por cinzas deixadas pela erupção do vulcão Calbuco, em abril de 2015. Quando nós brasileiros ouvimos falar em cinza vulcânica, imaginamos cinza, ou seja, um pó fino. Sim, o pó fino existe, mas é levado pelo vento, tanto que chega a cidades distantes como Bariloche. Mas aqui, aos pés dos vulcões ativos, são pedriscos pesados. Conversando com um senhor de Puerto Varas que tem um imóvel nesta região, ele disse que seu telhado desabou pelo peso dos pedriscos acumulados no teto da casa.
E meu acordo com São Pedro de permitir cenas inesquecíveis, dignas de filmes, em minhas viagens continuou valendo. Olhem o por do sol que avistei no Lago Llanquihue na chegada a Puerto Varas! Obrigada, São Pedro!!!
Cruce Andino de Puerto Varas a Bariloche
O Cruce Andino é pago por trecho e a volta só é gratuita se você é argentino ou chileno. Para os demais turistas, é preciso pagar nova tarifa e por isso nem todo mundo escolhe fazer o retorno por esta via. Mas eu queria ter a experiência completa para relatar aqui para vocês!
No Domingo, depois de um sábado com os pés em terra firme, o ônibus passou no hotel de Puerto Varas (leia minha avaliação do Cabañas del Lago) quando ainda estava escuro. O céu estrelado e a lua cheia da noite anterior tinham dado lugar a um céu encoberto e eu sabia que São Pedro tinha outros pedidos a atender (rsrsrs).
Depois de pegar outros turistas sonolentos e de circundar um terço do lago Llanquihue, chegamos ao Parque Nacional Vicente Perez Rosales, em Petrohue para visitar suas quedas. Vi imagens dali em dias claros e é muito bonito, como o Osorno ao fundo, que na minha foto desapareceu!
O ônibus parou em frente a algumas lojas de artesanato e estranhei pois precisamos acessar a trilha passando por dentro de uma delas. Estilo Disney de consumo? A trilha é toda de madeira e com corrimãos e logo no início tem um banheiro. Para circular sobre as quedas, há passarelas metálicas, mas estavam fechadas pelo acúmulo de cinzas do Calbuco (ainda!!!).
A guia nos disse para seguir a trilha e virar à esquerda, e mencionou que algumas trilhas estavam interditadas devido às cinzas do vulcão. Mas à direita, tinha indicação de uma trilha que dizia Enamorados e eu, que nem sou curiosa, fui por ela. Sim, ela estava coberta de cinzas, mas nada que impossibilitasse caminhar por ali, como você pode ver na foto acima.
Eu fui a única do grupo que seguiu a trilha da direita e por isso, além de conhecer os saltos, também vi o lago que parecia um cenário de sonho:
A foto abaixo em fiz depois de uma tentativa frustrada de fotografar meus pés sentada no corrimão da trilha. Claro que levei um tombo e que bom as cinzas estarem ali para amortecer a queda e evitar que minha câmera se espatifasse no chão – o que aconteceria algumas horas depois, dentro do barco… Estava escrito nas estrelas!
As lojas ali têm artesanato de muito bom gosto, além de CDs, livros, mapas. Aproveitei para comprar ímãs de geladeira na lojinha e uma boneca mapuche de feltro que agora faz companhia para os outros objetos de povos nativos que tenho na sala de casa. By the way, já leu o post sobre decoração com suvenires de viagem?
Saindo de lá, em dez minutos o ônibus nos levou ao porto Petrohue para navegar o Todos Los Santos, parar para almoço em Peulla, ônibus novamente, Lago Frias, ônibus rapidinho, Puerto Blest, catamarã e Puerto Pañuelo, ou seja, todo o percurso de volta, igualzinho, mas totalmente diferente, porque chovia, porque nevara no ponto mais alto da estrada, porque quem volta já não é o mesmo que foi!
Quanto custa o Cruce Andino
preço de 1 de julho a 31 de dezembro de 2019: US$ 295.00 (US$ 148 de 2 a 11 anos).
Além do passeio é preciso pagar, em Puerto Pañuelo, o ingresso ao Parque Nacional (AR$ 400 e AR$ 90 crianças de 6 a 12 anos) e a taxa de embarque (AR$ 90 ). Refeições e hospedagem em Peulla (opcional) não estão inclusos.
Visite o site da Turisur para mais informações.
Refeição em Peulla, no Hotel Natura (preços em pesos chilenos em Julho/2015)
entrada carpacio: 5.000
porção de fritas: 2.500
filé de salmão, merluza e bovino: 7.700, 7.200 e 8.500
salada: de 3.200 a 4.900
Enfim, vale a pena fazer o Cruce Andino?
Se você puder pagar o custo do Cruce, vale sim. É um dia completo de paisagens deslumbrantes onde também se aprende muito se você prestar atenção nas explicações dos guias. Além disso, uma boa parte do percurso não pode ser feito em automóveis ou embarcações particulares. E você não se preocupa com logística, aluguel de carro, taxa e documentação para cruzar fronteira, corrente de neve na roda do carro…
Alternativa ao Cruce Andino
Se você quiser conhecer alguns dos pontos do Cruce Andino, pode fazer em passeios que saem de Bariloche ou de Puerto Varas:
- Para conhecer Puerto Blest e navegar o Lago Frias: compre o tour Puerto Blest e Los Cantaros com a Turisur. Não é possível chegar até lá de carro.
- Também dá para avistar o Cerro Tronador do lado argentino fazendo o tour Cerro Tronador, vendido nas agências do centro de Bariloche.
- Para conhecer as quedas de Petrohue, você pode contratar com alguma agência de Puerto Varas ou, se estiver de carro, dirigir até o parque pela Internacional 225. Mais informações no site oficial do Parque Nacional Vicente Perez Rosales.
- Para cruzar os Andes entre Bariloche e Puerto Varas, siga a Ruta 40 saindo de Bariloche, passando por Vila La Angostura. Depois de cruzar a fronteira com o Chile, continue por outras três estradas. Não se esqueça de verificar toda a documentação necessária para cruzar a fronteira com carro alugado (a locadora providenciará) e de que no inverno é obrigatório o uso de correntes nas rodas. Leve em consideração que não estamos habituados a dirigir em condições de neve e gelo.
Mais sobre os Lagos Andinos
– Bariloche: guia para planejar sua viagem
– Bariloche: Roteiro de Inverno
– Cabaña del Lago: um refúgio em Puerto Varas, Chile
– Bariloche: Passeios e Checklist
– Puerto Blest e Los Cantaros: o melhor passeio de Bariloche
– Primeiro Encontro com Bariloche
– Isla Victoria e Bosque de Arrayanes: Natureza e Historia em Bariloche
– Cerro Catedral: um templo para brincar em Bariloche
– Roupas de neve ou para Temperaturas Negativas
– Cerro Tronador: Lagos, Geleiras e Vulcão em Bariloche
41 respostas
Márcia, querida, você sempre fazendo a gente viajar nos seus posts. Adorei as dicas e quero fazer este trajeto do Chile a Bariloche no verão. Espero pegar tempo bom para ver a paisagem lindíssima dos lagos andinos.
Beijos
Oi, Cecília, ah, aproveite muito! Espero que pegue as paisagens tão lindas quanto as que peguei. Beios
Olá! Adorei seu blog!!! Tudo muito bem explicadinho sobre o passeio Cruce Andino. Estou pensando em ir em março, ficando uns dias em Puerto Varas e depois fazer o passeio Cruce Andino e ficar uns dias em Bariloche. Já li muito sobre esse passeio, Puerto Varas e Bariloche, mas não encontrei nada sobre acessibilidade. Meu marido é cadeirante e gostaria de saber se há condições para fazer o Cruce? Desde já agradeço sua atenção. Abraço!
Oi, Monica, obrigada! Pelo que me lembre, não há entradas acessíveis nos barcos, mas eu mandei um email para a agência que comercializa o tour em Bariloche e assim que tiver uma resposta voltarei aqui para te informar.
Olá, eu queria muito fazer esse cruzeiro mas queria voltar pra Bariloche para seguir para Villa Angostura e San Martim de los Andes mas só você deixou claro que temos que pagar pela volta eu tinha achado que o valor era pra ida e volta. Que pena !
Lilian, por que vc não faz tudo do lado Argentino e depois vai pro Chile, já comprou o voo?
Olá, Maria,
Meus pais foram em Novembro e disseram que o barco estava bem cheio, e no verão muitos canadenses e europeus visitam Bariloche e região para fazer as trilhas. Sugiro que entre em contato com a Turisur e pergunte a eles. Abraços, espero que goste como eu gostei.
Oi,Márcia! Estou indo no começo de Dezembro,e quero fazer esta travessia.Com quanto tempo de antecedência devo comprar os bilhetes?Tem risco de acabar os bilhetes para determinado dia?
em que epoca do ano voce fez o cruze?
esou querendo fazer em agoso mais enho medo do tempo prejudicar tudo
Olha, chuva estraga mesmo. Eu fiz no comecinho de julho, mas acho q mais importante do que época é ver a previsão do tempo e deixar pra comprar quando estiver lá. Como eu disse, na ida estava um dia lindo. 2 dias depois a volta foi todinha na chuva.
Oi Marcia, td bem?
Vi seu post no MD sobre o passeio ao sul do Chile.
Qual foi o seu roteiro?
Estou indo agora em maio e com dúvidas sobre transporte rs. nao sei se é melhor avião ou carro/onibus ou trem pois gostaria de parar em Pucon, Puerto Varas e Bariloche.
vc foi a Pucon? se for de avião já não fica legal né?
chegou a ir até Chiloé?
fez o passeio no cruce de 1 dia né? acha que dá pra comprar na hora ou 2 dias antes?
Enfim, gostaria de dicas suas rs
Obrigada ERica
Oi, Erica, primeiramente, esta região não é no Sul do Chile, é chamada de região dos Lagos, mas você deve ter confundido porque fica ao Sul de Santiago. Mas também fui ao Sul do Chile, a Torres del Paine, dá uma olhada depois, que lugar lindo!
Não fui a Pucon porque concentrei minha viagem em Bariloche (foi uma slow travel), usando o Cruce Andino para ir a Puerto Varas. Aqui no blog tem tudo explicadinho sobre Bariloche https://mulhercasadaviaja.com/destinos/americas/argentina/bariloche/ e Puerto Varas: https://mulhercasadaviaja.com/destinos/americas/chile/puerto-varas/ , mas não tenho material sobre Pucon.
Um roteiro nunca é igual ao outro, mas o meu eu compartilhei aqui: https://mulhercasadaviaja.com/2015/08/10/bariloche-roteiro-de-inverno-2/
Infelizmente não fui a Chiloé, mas recomendo porque todos falam muito bem.
Acho que em maio vai estar tranquilo e você deve conseguir comprar o Cruce com 2 dias de antecedência, assim dá pra ver a previsão do tempo, porque fazer esse passeio em dia de chuva é perda de tempo e dinheiro!
Desculpe não poder te ajudar no roteiro, mas como não fiz os lugares que você quer visitar, não me atrevo a palpitar.
Se tiver dúvidas sobre Bariloche ou Puerto Varas, é só escrever.
Abraços e bom planejamento!
obrigada Marcia, seus posts estão muito legais.
Vou à Bariloche no cruce andino, então já vou passar pelos lagos. Acho que vou ter 1 ou 2 dias lá. Vi que vc recomenda o Cerro catedral e qual outro passeio é melhor?
Cerro tronador ou Cerro Campanário?
grata mais uma vez
ERica
O Cerro Campanário é um passeio rápido, de subir a montanha de teleférico e ver a vista do alto. O Catedral é uma estação de esqui e se tiver neve é lindo. O passeio ao Tronador leva um dia inteiro e você avista vários lagos e a geleira do Tronador, que é muito diferente de outras, pois é vulcânica. Acho mais rico que o Campanario, pena que o dia estava chuvoso quando fui. Espero que tenha melhor sorte!
Então você fez o Cruce Andino também! Parece um pouco diferente no inverno! Você enquadra algumas imagens realmente legais que eu simplesmente não consigo ver! Apesar da minha queixa sobre o custo, ainda era uma viagem vale a pena! (Thanks to Google for the translation!)
Ahaha, Eu já ia elogiar seu Português quando li a última frase! Quanto ao enquadramento, acho que cada um enxerga diferentes coisas. Além disso, quantas vezes voltamos a um lugar e percebemos elementos nunca notados…
No need to google it:
I was to pay a compliment on your Portuguese when I read the last sentence! About the framing, I believe each one of us sees different things. Besides, how often we go back to places and notice features we hadn’t seen before…
Bom dia
Vou fazer o cruce do chile para bariloche em agosto. Queria saber se e possivel fazer em um dia ou se vou pegar.um bom trecho no escuro
Grata
Camila
Oi Camila. Eu fiz no inicio de julho e só a saida da Puerto Varas na volta foi no escuro, pois amanhece por volta das 9h, mas isso é só o traslado ate o porto. Acho q agosto não deve ser diferente. Dá pra fazer em um dia, como eu fiz. Se vc não for fazer o retorno pelo Cruce, contrate passeios em Puerto Varas para ver as quedas de Petrohue.
Que fotos maravilhosas!!! Adorei! O post é super completo!
Moro no sul do Chile e nunca fiz o Cruce =/ (talvez pelos preços salgados… rs), mas a paisagem é maravilhosa e morro de vontade! Puerto Varas é um charme e a cor do lago de todos los santos é de outro mundo <3
É caro mesmo, Camila, mas é daquelas coisas pra fazer uma vez na vida!
Uauu, seu acordo com San Pedro deu super certo naquela foto maravilhosa do pôr do sol. Estou apaixonada com suas fotos maravilhosas e essa paisagem linda desse passeio. 4 ônibus em um passeio não é mole não, mas com esses cenários que parecem uma pinta deve valer a pena. Já coloquei na listinha de passeios para fazer na Argentina <3
Besitos.
pintura*
Deve se maravilhoso participar desse cruzeiro!!!
Achei o post super completo.
Quando fui em Bariloche ouvi falar desse passeio, mas não conhecia os detalhes, não sabia que passava por tantas atrações importantes da região!
Que lugar incrível e que aventura, Márcia! Adorei as dicas, se um dia formos irei usá-las <3
Beijos.
Miga! Amei esse roteiro! Super completinho! As suas fotos são lindas, estou apaixonada <3 Já guardei aqui para uma futura visita!
Beijos :*
Oi, Maíra, obrigada pelo elogio das fotos. Com u lugar assim e dia ensolarado, tudo fica mais fácil!
Marcia, que lugar lindoooo! Estou encantada e mais um destino que entra para minha lista. Adorei as dicas bem detalhadas e as fotos então, lindas demais <3 Bjs
Ah, estas listas intermináveis! rsrsrs Obrigada pela visita. bjs
Que sonho conhecer Bariloche, Marcia! <3 Parabéns pelo post, super detalhado. É mesmo um guia pra quem for faz esse roteiro.
Olha, Katarina, Bariloche me surpreendeu de uma forma positiva. obrigada pela visita. bjs
que post incrível e super completo Marcia, eu me apaixonei por essa rota, muito obrigada por compartilhar, quero muito fazer essa viagem, um super beijo
Oi, Flávia, obrigada. post detalhado vem do histórico de professora! rsrsrs. Faça, sim, principalmente se o dia estiver bonito. Abraços!
Olá Márcia, que lugar lindo!!!
Suas fotos ficaram demais, estou encantada!
Obrigada, Camila, dei sorte de o dia estar tão lindo.
Adorei o seu post! Você acha que pra quem vai fazer o Cruce Andino vale a pena fazer este passeio ao Tronador, já que tb é visto no Cruce?
Obrigada, Alessandra. No Cruce v sö avista o tronador. No passeio do Tronador vc passa por lagos e vê a geleira do Tronador bem de pertinho (leia sobre aquihttps://mulhercasadaviaja.com/destinos/americas/argentina/bariloche/cerro-tronador/) sao dois passeios bem diferentes. Se vc tiver tempo e dinheiro, por que não? mas isso é muito pessoal. Abraços e boa viagem
Boa tarde,
Parabens pelo site e pelas dicas, muito útil para quem planeja algo assim.
Tenho uma viagem planejada de lua de mel chegando em Bariloche dia 17/01/2017.
Pretendo sim fazer esse Cruce,
Mas eu estou em dúvida em relação a fazer o percurso Bariloche – Puerto Vara.
Como ficaria minha opção caso faça apenas um trecho do Cruce e queira voltar para Bariloche em menor tempo?
Meu e-mail: thifsilva@gmail.com
Oi, Thiago, que delícia ir no verão, os passeios pelos lagos devem ser lindos nessa época. O Cruce leva boa parte do dia e acho que mesmo com os dias mais longos no verão não dá pra fazer ida e volta no mesmo dia. Mas entre em contato com a Turisur e tire essa dúvida.
Se quiser fazer apenas um trecho do Cruce, o passeio chamado Puerto Blest e Los Cantaros é parte dele, que pode ter extensão até o Lago Frias (lindo e completamente selvagem, vale a pena) ou não. É no Lago Frias que fazemos o controle de passaporte e bagagem de saída da Argentina. Leia como é o passeio: https://mulhercasadaviaja.com/2015/07/14/puerto-blest-e-los-cantaros-o-melhor-passeio-de-bariloche/
Não sei se você viu, mas o blog tem outros 9 posts sobre Bariloche.
Espero que vocês gostem de Bariloche tanto quanto nós. Boa lua de mel e ótimo casamento!
Boa tarde!
Parabéns pelo site.
Irei a Bariloche, chegando no dia 08/06/16, às 14:00 horas, saindo no dia 15/06/2016,às 12:00 horas.
Gostaria de conhecer Puerto Varas e fazer o cruce de lagos.
Nunca fui a essa região.
Seria melhor ir num dia a Puerto Varas e voltar no outro, fazendo o cruce de lagos, ou daria tempo de passar um dia a mais em Puerto Varas para conhecer melhor a região?
Obrigado.
Oi, Humberto, seja bem-vindo ao blog! O Cruce é lindo, uma viagem de dia completo, então obrigatoriamente você precisa pernoitar no Hotel Natura Patagônia (que eu não acho interessante, pois não há muito o que fazer, a não ser relaxar – e você já relaxou o dia todo no passeio, sentado em ônibus e barcos) ou em Puerto Varas. Puerto Varas vale ao menos um dia, sim, e você pode subir ao Osorno. Se tiver mais tempo, alugue um carro e dê a volta no Lago, indo a Frutilar. Em Puerto Varas, agentes de turismo, principalmente perto do Centro de Visitantes, te oferecerão passeio para o Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, as quedas do Petrohue, mas isso tudo você já vê no Cruce, mas eles não te falam, claro. Se você gosta de fazer trilhas, talvez valha a pena ir ao Parque para isso. Se dinheiro não for um problema (ou se o clima não tiver ajudado e no dia da volta estiver limpo e ensolarado), volte de Cruce. Uma alternativa é, se você não comprou as passagens ainda, voltar por Puerto Montt, a 20 km de Puerto Varas, em vez de retornar a Bariloche. Bom planejamento pra você!