Esta foi minha segunda vez em Los Angeles, mas fiz as visitas básicas de uma estreia na cidade do cinema, pois era a primeira vez da minha filha. Então você pode usar este roteiro se for a Los Angeles pela primeira vez – e se for um repeteco também tenho sugestões de o que fazer além do basicão, com esticadas para outras cidades, inclusive.
Roteiro de 2 dias em Los Angeles
- dia 1 – Hollywood – chegamos a partir de Anaheim (Disneyland): Calçada da Fama, Chinese Theater, Dolby Theater, Warner Studios Tour, Griffith Park
- dia 2 – chegamos a partir de Monterey (viagem consumiu boa parte do dia, foram 520 km), fizemos o check in no hotel em Venice Beach e só!
- dia 3 – praias de Los Angeles: Venice Beach e Santa Monica
Para o roteiro completo da Califórnia, leia o post Roteiro de 14 dias na Califórnia e entenderá porque dividi a estada em Los Angeles em duas “parcelas”.
Roteiro detalhado
DIA 1
Deixamos o hotelzinho perto da Disneyland e pegamos a estrada direto a Los Angeles. Como ainda não era hora de check in, deixamos nossas malas na recepção e o carro no estacionamento gratuito do hotel (isso é um achado!) e fomos a pé até a Calçada da Fama. Sim, o Hollywood Celebrity fica numa rua sem saída, atrás do Dolby Theater, localização excelente, indico!
Leia as dicas sobre a Calçada da Fama (onde ahcar teu ídolo!) e o Chinese Theater, fotinhos e links úteis no post Vendo Estrelas em Hollywood.
Confesso que minha escitação inicial com a calçada da fama acabou logo, era muita gente circulando, muita gente fazendo selfies, acho que já estou velha demais pra isso rsrs. Então depois de uns 30 minutos pela Hollywood Boulevard, voltamos ao hotel para fazer o check in. Não é que ganhamos um upgrade? Fiz a reserva para um quarto com duas camas queen e recebemos um apartamento com cozinha e dois quartos. Ter uma cozinha disponível é muito prático para quem viaja com bebês e crianças pequenas. Não era nosso caso, mas gostamos porque 2 quartos permitem maior privacidade. Saímos logo em seguida pois tínhamos o tour da Warner Studios agendado para as 12h30.
Como são muitos detalhes, voute direcionar para outro post, o Warner Studios Tour: ótima opção em Los Angeles
Voltamos para o hotel porque não encontramos nenhum restaurante no caminho da Warner Studios, então deixamos o carro no estacionamento novamente e almoçamos no Hard Rock Café da Hollywood Boulevard (preços no post Guia de Los Angeles).
Compramos suvenires na Loja LA LA Land, que fica na esquina da Hollywood Boulevard com a North Orange Dr, um paraíso para fãs de cinema, mas achei que a qualidade dos produtos caiu muuuito desde a primeira vez que visitamos LA.
De volta ao carro, rumamos para o Griffith Park, onde fica o Observatório de mesmo nome, no alto de uma montanha, para ver o pôr do sol. Bem, nós tentamos ver, porque todo mundo teve a mesma ideia e o acesso ao observatório foi fechado por falta de espaço no estacionamento. Então a dica é: vá cedo.
Ah, é lá que muita gente vai para fotografar as letras que formam a palavra Hollywood no Mount Lee. A Stephanie do blog Não é Berlim deu uma dica para fotografar a placa mais ou menos de perto, a partir do Hollywood Lake Reservoir.
By the way, você sabia que originalmente o letreiro dizia Hollywoodland e que era anúncio para um empreendimento imobiliário? Depois de mobilização de moradores, políticos e famosos de Hollywood, a ideia do condomínio foi abandonada, mas as placas permaneceram. Décadas depois, elas foram restauradas e tiveram a ideia de deixar apenas a palavra Hollywood.
Frustrados por termos ficado no trânsito sem chegar ao objetivo, voltamos ao hotel e descansamos, porque no dia seguinte teríamos mais de 500 km de estrada até Yosemite National Park.
DIA 2
O dia 2 aqui foi inteiro de viagem e vou descrevê-lo quando contar sobre a CA-1, a famosa estrada costeira da Califórnia, com trechos lindos em Carmel, Monterey e Big Sur. Para efeitos didáticos, o dia 2 então é nosso dia 3 real, quando acordamos no Hotel Erwin em Venice Beach e vimos o Pacífico da cobertura, que é um bar bem legal.
Como vocês podem ver, esava bem nublado, mas tinha sido assim em todas as cidades do litoral, de San Diego a San Francisco, e o sol aparecia no final da manhã (ou não aparecia, como em Monterey). Era setembro, final de verão, e o clima estava parecido com o de SP, precisando de uma blusinha de manhã e de noite, e um calorão na hora do almoço.
Passeamos pelo Ocean Front Walk de Venice Beach, que é uma faixa larga pavimentada onde as pessoas andam de bicicleta, de skate e de patins e caminham. Observamos a “arquitetura” totalmente diferente de tudo o que tínhamos visto na Califórnia. OK, não dá pra falar de arquitetura: eram lojas entupidas de produtos de gosto duvidoso, estilo Brás (bairro historicamente industrial e agora comercial de São Paulo). Muitos nóias caminhavam ali e os “artistas” dos quais eu tinha lido a respeito… bem tire suas conclusões pela foto abaixo. Estou soando preconceituosa, mas o que vi não era legal, não era estético… era Arte?
Conversei com outras dois amigos que estiveram em Venice Beach e tive opiniões bem diferentes a respeito. Uma amiga que foi com a filha de 5 anos – e achou o lugar super família – e um amigo que pratica skate e foi com a turma para o berço do skate. Ele concordou comigo a respeito dos muitos drogados que circulam por ali. No hotel, a recepcionista nos aconselhou a não caminhar no Ocean Front Walk à noite. Se você quer minha opinião, se quiser se hospedar em praia, fique em Santa Monica. Só fiquei em Venice Beach porque tinha lido que o calçadão era divertido e porque os hotéis são mais baratos do que em Santa Monica.
Apesar da frequência, não tive em nenhum momento o medo que sentiria se estivesse com uma câmera fotográfica na mão em SP. Outra coisa que me chamou à atenção é que apesar dos muitos viciados em drogas circulando por ali (sério, o povo anda falando sozinho, gesticulando, a coisa é séria), as casas ao lado da praia não têm grades ou muros altos. E aí vem aquela inveja…
Mas a praia é bonita, tem banheiros públicos, quadras, playground, uma faixa de areia bem larga, sem fim, cabines de salva-vidas estilo BayWatch (Malibu, Marcia, não Venice Beach!) e o mar lindo e gelado que é o Pacífico.
Não sei se a praia se transforma mais tarde, pois fizemos o checkout às 10h e fomos para Santa Monica. No caminho, passeamos de carro pelos bairros de Venice Beach e lá tudo parece estar dentro da normalidade de um bairro norte-americano. Como sempre, friso que escrevo sobre as impressões que tive do lugar, então não posso afirmar que Venice Beach seja isso o que eu vi.
E foi longe de Hollywood que curti mais Los Angeles, o oposto do que fiz em minha primeira visita, quando não passei pelo litoral. Santa Monica é um município de apenas 21 quilômetros quadrados e as atrações se concentram próximo à praia, principalmente perto do Pier. Lá fizemos umas comprinhas na Bed, Bath and Beyond (mas ou estou mega pão dura, ou o dólar está mesmo muito alto e quase nada mais compensa) e depois fomos almoçar no The Cheesecake Factory (preços no post Guia de Los Angeles), que fica no Santa Monica Place, um shopping bem legal com praça de alimentação no último andar e vista parcial do mar.
Outra opção para compras e para passear é o 3rd Street Promenade, uma rua de pedestres que é travessa da Broadway, em frente ao Santa Monica Place. Lá você encontra um centro de Informações Turísticas. O outro fica no Pier.
Mas a atração local mais famosa é o Santa Monica Pier, que tem lojas, restaurantes e um parque de diversões, o Pacific Park. Mesmo que você não curta parquinhos, vale a pena passear na roda gigante por causa da vista. Os ingressos são vendidos por atração (pagamos $8 na roda gigante) na bilheteria.
O pier é ponto de encontro para ver o sol se pondo no mar e as duas escadarias de restaurantes viram arquibancadas. Legal também é registrar em foto onde termina a lendária Route 66, ali no Pier.
Infelizmente perdemos o pôr do sol porque nosso voo partiria às 21h e tivemos que ir para o aeroporto, devolver o carro, aquela burocracia toda. Nosso carro ficou o tempo todo estacionado no Santa Monica Place, mas há estacionamento também no pier.
Se você leu um ou outro post aqui do blog, sabe que sempre me entusiasmo com os lugares para onde vou e fui. Los Angeles está longe de ser um desses lugares, mas meu voo chegava e partia de lá, então aproveitei a oportunidade de rever Hollywood e as praias. Mas você deve ter notado que deixei de fora lugares aonde os turistas costumam ir, como Rodeo Drive e Beverly Hills, porque não fazem minha cabeça. Por isso, não deixe de ler o próximo item:
O que ficou de fora do nosso roteiro em Los Angeles e arredores
- Universal Studios – mesmo que você já tenha ido na Universal de Orlando, vale visitar a de Hollywood, pois as atrações e o espaço são diferentes, embora alguns brinquedos sejam iguais. Veja outros parques do Sul da Califórnia em Guia de Los Angeles.
- Rodeo Drive – rua de comércio chique e famosa, onde Julia Roberts virou Uma Linda Mulher, lembra?
- Beverly Hills – bairro onde moram celebridades do cinema, TV e música, com casas escandalosas.
- Museu de Historia Natural de Los Angles – é o maior da Costa Oeste americana.
- Getty Center em Los Angeles – Pinturas da Idade Média ao Impressionismo, mobiliário europeu de época, esculturas contemporâneas e um jardim de 134 mil metros quadrados (grande feito no clima seco e estiagem da Califórnia)
- Farmer’s Market de Los Angeles
- Staples Center – ginásio onde acontecem os jogos da cidade. Quem sabe em sua visita você dá sorte de assistir aos Lakers, o time local. Eu fiz isso em Miami, quando assisti a um jogo histórico do Miami Heat e contei neste post.
- Getty Villa em Malibu
- Praia de Malibu
- Faça como nos filmes: deixe LA para curtir uma roadtrip até Las Vegas. Confira o que fazer em Las Vegas.
Prometo para você que os posts a respeito das demais cidades da Califórnia são mais interessanets e inspiradores, então confira as dicas sobre São Farncisco, San Diego, Monterey e meu parque querido Yosemite. Tudo na página Califórnia.