Indonésia: Gili Trawangan

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indonesia Andrea 4 Sabe aquela segunda-feira que você está na maior nhaca, chega ao trabalho, liga o computador e a tela exibe uma praia de areia branca e fina como farinha de trigo e mar com camadas de azul que parece aquele sanduíche de pão Pullman colorido que sua tia fazia nos anos 70, nas festinhas de aniversário de sua prima? Dica 1: tira esse descanso de tela nas segundas-feiras. Como? Não sei, mas não acho saudável. Lá pra quarta à tarde já dá pra encará-lo de novo. Dica 2: agora que você já sabe que existe um lugar desses, não vai ficar com raiva dele só porque não pode estar lá naquela segunda-feira nhacosa, né? Inclua esse sonho nos seus planos.  É o primeiro passo para que ele saia do imaginário e se concretize. Dica 3: logo logo eu vou postar sobre como economizar para viajar. Se você seguir o blog e curtir nossa página do Facebook, vou ser sua personal travel savings guide! E aí você faz um selfie com esse marzão ao fundo, numa segunda-feira ensolarada, e manda pra mim. Quem esteve numa dessas praias de sonho foi a mais que simpática Andrea, psicóloga de formação e professora por casualidade e amor, que desde que se mudou para Cingapura tem conhecido lugares incríveis do Sudeste Asiático.  E ela divide aqui no Mulher Casada Viaja a experiência de sua viagem a Gili Trawangan, uma das três ilhas Gili da Indonésia. Numa segunda-feira. xxxxxyyyyzzzz

Quem quiser fugir do roteiro tradicional da Indonésia, explorando outros lugares que não a caótica, energizante e intensa Bali (que também recomendo!), sugiro Gili Trawagan! Uma ilha pequena, que faz parte de um conjunto de mais outras duas (Meno e Air) e que vai deixar você de queixo caído com a beleza natural e paz que a natureza de lá proporciona! Talvez não recomendaria para famílias com crianças pequenas, pela relativa dificuldade de se chegar até lá, a não ser que o espírito aventureiro faça parte do grupo! Pra se chegar em Gili Trawangan é preciso ir até Bali e a partir de lá pegar um barco direto pra Gili. Essa opção demora, do aeroporto de Bali até Gili T., umas quatro horas, independente do porto onde você vai pegar o barco – existem dois, um mais perto do aeroporto de Bali e um mais afastado, porém no porto mais longe a rota de barco é mais curta. Assim, o tempo total fica quase que equivalente! Se o mar estiver batido, acho melhor enfrentar o trânsito louco de Bali!! Outra opção é ir do aeroporto de Bali pra Lombok com um avião teco-teco, que leva no ar somente uns quarenta minutos, e de lá dirigir em torno de uma hora até o portinho de onde saem os barcos. Esse trecho na água é bem rápido, coisa de dez, quinze minutos. Uma empresa que faz ambos os trajetos você encontra clicando aqui.  xGili_Island-Getaway.jpg.pagespeed.ic.TUA1wo5Mrm Eu já viajei das duas maneiras, utilizando embarcação direto de Bali e votando de avião, mas preferi a viagem de barco. Achei que voar foi mais demorado, pois tem espera para check in, atraso de voo – ouvi dizer que é beeeem comum – além de ser mais cansativo, pois parece que as etapas até o roteiro final nunca se esgotam! (rsrsrs) Independente de qual for sua opção, reservar o barco e o avião é muito simples, você pode fazer tudo por conta, pela Internet. A Lion Air é a empresa que voa de Bali para Lombok e alguns hotéis na ilha de Gili T. oferecem o traslado de carro e barco. Se optar por ir de barco direto de Bali, basta comprar as passagens na Internet, há várias empresas que oferecem o serviço. Só uma dica importante: preste atenção no barco que você escolheu. Tem inúmeras opções: barco com ar; tv; banheiro; geladeira; número de motores, o que influencia na rapidez do barco; outros mais simples… O preço, claro, varia conforme a opção. O que aconteceu comigo e também com alguns amigos que para lá foram, é que as empresas de lá aceitam todos as reservas e depois ficam encaixando os clientes nos lugares que sobram, ou seja, nem sempre você vai viajar no barco que comprou. Fique esperto se o barco que te transferirem (eles mandam o voucher antes, por email) tem as condições que pra você são fundamentais! Se não for, peça pra trocar, eles sempre dão um jeito. Ao chegar em Gili T., mesmo se estiver cansado da viagem, você irá imediatamente repor as energias só de olhar a cor da água e imaginar o que te espera diante de encantadora e convidativa beleza! Mas não da pra esquecer que, dependendo da parte da ilha em que fica seu hotel, você terá que pegar uma charrete (pobres burrinhos!) pra chegar até lá. Em Gili T., charretes e bicicletas são os únicos meio de transporte. Além de relaxar numa bela praia de águas cristalinas, há uma série de opções pra se fazer na ilha. Mergulhar, snorkling, massagem, entre outras. Se você ficar na meiuca da ilha, encontrará maiores opções de restaurantes e vida noturna. Em contrapartida, se ficar no canto oeste da ilha, poderá ver o por do sol, que é incrível!!! indonesia Andrea 2 Se você ainda tiver energia à noite, o centro da ilha tem bares, mas se preferir, os hotéis têm restaurantes e bares, normalmente pé na areia. O único dia que ficamos no centro para jantar, voltamos a pé (a charrete deu origem a uma questão filosófica e ética entre os casais de amigos! rsrsrs) e estava muito escuro. Não tem iluminação no meio do caminho e voltamos com a luz do celular, embora não tenha perigo à vista, além dos bodes que se acomodavam em cada lugar estranho, como em cima do muro e no telhado de um casebre! indonesia andrea 7 A ilha é frequentada por casais, mochileiros, alguns surfistas e mergulhadores. Vi também famílias com crianças e algumas pessoas mais velhas, mas eram certamente a grande minoria. O serviço na ilha é simples, mas sempre acompanhado de um sorriso e um jeito amigável do povo local, que faz com que Gili T. reforce por si mesma o prazer das coisas cruas e não sofisticadas, assim como é sua natureza. Espero ter ajudado e despertado vontade de conhecer um mundinho desse mundão tão longe do Brasil.

PRÁTICAS RÁPIDAS
Localização
São apenas 17 508 ilhas entre os Oceanos Índico e Pacífico. Uma boa desculpa para quem quer fugir de tudo!

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Do outro lado do mundo

Língua
Indonésio.  O Inglês básico  para se conseguir o que se pretende (alimentação, informação, contratação de serviços).

Hospedagem
Andrea ficou e recomenda o Ombak Sunset, um hotel novo e tranquilo, grande e pé na areia. 4639437_45_z Permanência
Pelo menos 3 dias para aproveitar algumas das delícias que Gili tem pra oferecer!

Como circular por lá
Não há automóveis na ilha, apenas charrete de tração animal. Pode-se alugar bicicletas e o barco, claro é muito utilizado. indonesia Andrea 6 Como chegar
Não há voos diretos (ainda bem, senão seriam mais de 20 horas de voo!) a partir do Brasil e a conexão dependerá da companhia aérea: KLM, Air France, Emirates, Qatar, Singapore Airlines são algumas das companhias que voam para Bali. A partir de Bali, você pode escolher entre viajar de monomotor, de barco, ou de ferry, como Andrea descreveu.

Fuso Horário
10 horas à frente do Brasil

Melhor época para visitar
As monções (período de chuvas tropicais) vão de outubro a março, portanto, a alta temporada, de seca, vai de abril a setembro. Agosto é o mês mais lotado e caro devido às férias de verão europeias.

Visto
O visto é tirado no aeroporto e a regra de passaporte com pelo menos 6 meses de validade também vale aqui. É preciso apresentar o bilhete aéreo de volta e o cartão de vacina contra febre amarela. A tarifa é de USD 10,00 para 7 dias de permanência e USD 25,00 para 30 dias.

Vacina
Alguns países exigem certificado de vacinação contra a febre amarela e a Indonésia é um deles.  Procure um posto de saúde próximo a sua casa, e depois procure um posto da Anvisa que emitirá o Certificado Internacional de Vacinação, que deverá ser apresentado à imigração na chegada à Indonésia. A vacina tem validade de 10 anos e deve ser tomada no máximo com 10 dias de antecedência à viagem.

O que comer/beber por lá
Os restaurantes oferecem cozinha internacional e local, com legumes e peixes, um pouco apimentados, mas bem saborosos. O serviço é um pouco lento e sem muita esperteza, o que é facilmente relevado pela simpatia do povo, diz Andrea. indonesia andrea 8 Preços
A Andrea confessa que ” é tanto zero que a gente se perde!” Mas é relativamente barato tomando em conta os padrões de Singapura, onde ela vive atualmente. E pelo que li por aí, também parece ser mais barato que cidades como São Paulo.

Moeda
Rúpia (1 real = 5.090 rúpias)

Voltagem e tomada
A energia elétrica é de 220 V e as tomadas de dois pinos redondos.

O que fazer por lá
Relaxar, seja sob o sol, seja recebendo massagem. Mergulho e snorkeling. Os serviços são todos disponibilizados nos hotéis.

Política antidrogas
O tráfico de drogas é passível de pena de morte na Indonésia. Evite transportar encomendas, em especial de desconhecidos.

Desastres naturais
A Indonésia está localizada no Círculo de Fogo do Pacífico, região de choque de placas tectônicas e com fortes atividades vulcânicas. São frequentes os desastres naturais, como terremotos e tsunamis. Sempre que chegar a um novo lugar, identifique as rotas de fuga.

Últimas dicas
Se você, como eu, achava que a Indonésia fosse destino exótico demais, ou caro demais, espero que tenha perdido essa impressão. A passagem aérea é salgadinha, mas ficando de olho nas promoções que costumam aparecer, você pode conseguir uma pelo mesmo valor de trechos para Europa ou América do Norte na alta temporada. O hotel onde Andrea ficou, por exemplo, tem quartos a partir de 200 dólares e, como ela disse, alimentação é bem em conta. Faça pesquisa em fóruns de viajantes e leia muito sobre a cultura local. Feito isso, o lado exótico será apenas uma vantagem a mais por atravessar o mundo. Já pensou se sua próxima proteção de tela for uma foto de praia linda, tirada por você? Fica mais fácil encarar a segunda-feira, né?!

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Marcia Picorallo

Escrevo o Mulher Casada Viaja com carinho desde 2014, compartilhando minhas impressões dos lugares por onde passei, inspirando e ajudando leitores a planejar suas aventuras.

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Márcia, a viajante

Bem-vindo a bordo - e nem precisa apertar os cintos! Escrevo o Mulher Casada Viaja com carinho desde 2014, compartilhando minhas impressões dos lugares por onde passei, inspirando e ajudando leitores a planejar suas aventuras.

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