Este post relata o dia 3 em Nova Iorque, quando exploramos a região de Lower Manhattan: tomamos o ferry para Staten Island e apreciamos a Estátua da Liberdade, visitamos a região de Wall Street e o Memorial 11 de setembro, e jantamos no Hard Rock Cafe da Times Square.
Se você começar o planejamento de sua viagem a NYC por este post, vai perder algumas informações relevantes, tais como se localizar e se orientar em Manhattan, dicas de preços, melhor época, hospedagem… Então vá até o final deste post e veja o link para as publicações relacionadas a NY.
Tomando metrô – Eu sempre prefiro caminhar, mas a distância da 59th até a ponta sul da ilha não é mais para mim! Ótimo, primeira oportunidade de tomar o metrô nesta viagem. Como levantamos às 9h, os trens estavam bem vazios e até nos sentamos. A maioria das estações tem bilheteria, mas algumas só autoatendimento, que são fáceis de usar e aceitam cartão ou dinheiro. Compramos bilhetes ida e volta por 16 dólares (3 pessoas), bem mais barato do que sairia um taxi. Vale a dica: taxis são ótimos para percursos curtos e em horário de baixo tráfego.
As linhas de metrô que chegam perto do ponto de partida do ferry para Staten Island são as 1, 9, N, R (South Ferry, bem em frente à entrada) e as 4 e 5 (Bowling Green, precisa caminhar pela Broadway ou pela State Street).
Passeio de Ferry a Staten Island
Eu já fiz travessias mais bonitas, mas ir a NY e não ver a Estátua é como ir a Paris e não ver a Torre. A Londres e não ver o Big Ben. Ao Rio e não ver o Cristo. You’ve got it.
O ferry estava bem cheio – de turistas! Não só por ser um passeio gratuito, mas porque se tem uma linda vista da cidade e da Estátua da Liberdade. Se tiver uma câmera com um bom zoom, melhor ainda! Não era bem o meu caso, como você pode ver…
Em ambos os lados, as estações têm lojas e restaurantes. Ah, a bordo também é possível fazer uma boquinha pois há pequenas lanchonetes. Nos horários de pico, os ferries partem a cada 15 minutos, aumentando para 30 minutos fora do horário de maior movimento. Com esses 30 minutos de espera (não tem como, precisa desembarcar e pegar outro ferry na volta), minha filha aproveitou para fotografar os peixes de um tanque que fica no saguão de espera.
Battery Park e a Estátua da Liberdade
Um dos parques mais antigos de NYC, além de jardins e de ponto de partida para os barcos que levam aos passeios fluviais, o Battery Park possui inúmeros monumentos e um antigo forte que está sendo restaurado. Se você quiser ver a Estátua de pertinho ou quem sabe subir os quase 400 degraus até sua coroa, em vez de se dirigir a South Ferry Plaza, vá direto ao Battery Park, de onde partem as embarcações para a Liberty Island. O ingresso ($18) dá direito a uma parada em Ellis Island, a ilha-museu que recepcionou cerca de 17 milhões de imigrantes entre 1892 e 1954, onde você pode ver fotos, livros de registro e árvores genealógicas.
Wall Street
Você já deve imaginar que havia um muro onde hoje é a rua financeira mais famosa do mundo, daí o nome, certo? Mas antes de chegar nela, saindo do Battery Park ou do ferry, caminhe pela State Street e vai dar de cara com o traseiro do Charging Bull, o famoso touro da Wall Street. Diz-se que passar as mãos no nariz, no chifre e nos testículos do touro traz boa sorte. OK, é coisa inventada para turista, mas você também joga moedinha nas fontes de Roma e mete a mão no seio da pobre Julieta em Verona, certo? O touro é sinal de força e virilidade, características que o artista italiano pensou representar melhor a Wall Street.
Mais dois quarteirões sentido Norte e você terá à sua esquerda a Trinity Church e à sua direita a Wall Street. Se você é economista ou aficionado no mundo das ações, dê uma passeio por lá. Eu fiz os dois, em outras viagens. A Trinity traz um inusitado cemitério que pode ser visto da calçada da Broadway. Você não vê isso todo dia, vê?
Continuando pela Broadway sentido Norte, entre à esquerda na Liberty St. até o final. À esquerda você verá o Corpo de Bombeiros e em frente o Memorial 11 de Setembro, que têm em comum o ataque às torres gêmeas do World Trade Center em 2001. Faz tempo. Não foi no meu país. Mas eu me lembro desse dia em detalhes. Enquanto caminhávamos para lá, essas memórias passaram em minha mente e um mal estar tomou cota de mim. Eu nem tinha certeza se queria mesmo visitar o local. Acabei indo pensando no blog.
Além do mal estar emocional, existe também um certo peso moral por “prestigiar uma atração” que só existe por conta do extermínio de mais de 2.700 pessoas. Talvez os mais de 700 mil turistas que visitaram o 9/11 Memorial Museum em menos de três meses (junho a setembro/14) também pensem assim, não sei. De qualquer forma, a casa de Ann Frank em Amsterdam e Auschwitz na Polônia são igualmente muito visitadas.
Há dois desses poços, que ficam exatamente onde antes ficavam as torres do World Trade Center. Fiquei satisfeita em não presenciar ninguém fazendo selfie com sorrisinho e que os presentes mantiveram o tom de voz baixo, embora tenha ouvido relatos de que é muito comum o contrário acontecer.
Recentemente foi inaugurado o museu que conta a história da construção, destruição e renascimento do World Trade Center. Objetos encontrados nos escombros, vigas e até áudios de mensagens telefônicas estão expostas. A entrada custa 24 dólares. Informações no site oficial do Memorial 9 11.
Minha filha escolheu almoçar no Fridays ali perto, na Trinity Place. A memória do WTC não saía da minha cabeça e eu fiquei imaginando o restaurante coberto de pó, gente correndo desesperadamente pelo entorno. Na parede, um quadro dizia que o estabelecimento tinha sido um dos que abriram as portas para que os bombeiros pudessem descansar e se alimentar.
Saindo de lá, fomos para a Century 21, a mega loja que fica na Cortlandt st. Levei 4 horas lá dentro e saí me sentindo culpada por perder esse tempo dentro de uma loja. Com esta declaração, você já desconfia que não vai encontrar grandes dicas de compras no mulhercasadaviaja.com! Explico porque gastei 4 horas se não gosto de compras: artigos para ele, para mim e para a pré-adolescente-criança, a idade mais difícil de se escolher algo para vestir! E a quantidade impressionante de artigos à disposição em vários andares também não ajuda a economizar tempo.
Chovia e tomamos o metrô até a Times Square, onde fomos a uma loja da Walgreens (rede de farmácia – nos Estados Unidos, farmácias têm de meias a produtos de festas sazonais) e jantamos no Hard Rock Café. Uma dica para a Walgreens que eu segui e aprovei: compre o condicionador Aussie 3 minute miracle Moist, que é muito bom. Também comprei um aparelho indicado pela minha dentista, o WaterPik, que é ótimo para higiene bucal. No post Atração turística em NY: lojas de brinquedos (link abaixo), eu falo da Toys R us da Times Square. Outras lojas muito visitadas são a M&M, a Forever 21 e a Aeropostale.
A TKTs fica sob aquelas escadas vermelhas e vende ingressos remanescentes (para o mesmo dia) para os musicais da Broadway. Eu nem cogitei de assistir a um desta vez, pois em São Paulo há inúmeras montagens que não deixam a desejar. Mas se você nunca assistiu a um, vale a pena, sim.
Mesmo que você torça o nariz para restaurantes temáticos, se gostar um pouquinho de música vai adorar o Hard Rock de NYC, principalmente se for fã dos Beatles. Além de baixo, guitarra e bateria, tem porta da Abbey Road Studios, mochila e ternos usados em shows pelo quarteto. Roupas de Janis Joplin e Elton john, máscara usado no filme The Wall do Pink Floyd, guitarra do The Edge, roupas de Madonna, a lista é grande!
O atendimento é rápido como em todo restaurante americano e foi atencioso, com o atendente arranhando algumas palavras em português. A comida: hambúrguer insípido, mas a porção de fritas é maravilhosa, assim como a margarita.
Outras opções para este dia, ali no Sul da ilha
Depois do Memorial 11 de setembro, caso prefira, em vez de fazer compras como fizemos, você pode:
1. caminhar (15 minutos) em direção ao leste para conhecer o Civic Center, bairro em que ficam os prédios públicos e administrativos da cidade, como tribunais, prefeitura, departamento de polícia e a St Paul’s Chapel, a construção mais antiga da cidade, do século 18.
2. também a leste (20 minutos), fica a região Seaport, e o Pier 17, um local bem gostoso de passear, com lojas e restaurantes, mas que estava sendo revitalizado, então nem chegamos perto nesta última visita. Entre no site oficial do Sea Port para conferir se as obras acabaram quando da sua visita, pois eu acho que vale a visita!
3. ir a Chinatown e Little Italy (20 minutos de caminhada). Estava no meu roteiro, mas não rolou…
Não coloquei a Ponte do Brooklyn pois ela estava no meu roteiro do quinto dia, que logo publicarei, mas você pode incluir nesse dia, dependendo do seu pique.
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Respostas de 3
tenho entrada para a estatua as 10hs e oara o memorial as 13-30..vc acha razoavel esse intervalo?
Parece meio apertado, Luciano, porque tem fila pra inspeção de segurança e sempre muita gente. Vc pode priorizar uma das ilhas (liberty ou Ellis) se perceber que nao sobrará tempo.