É fácil encontrar sugestões de o que fazer em Veneza quando se planeja uma viagem para lá: dicas pipocam em revistas impressas, blogs, sites turísticos, afinal é um dos destinos mais famosos do mundo, procurado por mochileiros e magnatas. E gente como eu, que arrasta a mala de rodinha pelas ruas estreitas de Veneza depois de subir com ela no barco, descer com ela do barco… Eu sei, eu sei, uma das coisas a não fazer é carregar mala grande.
O QUE NÃO FAZER EM VENEZA
O que não fazer na Piazza San Marco
A Praça de São Marcos é o centro popular de Veneza e tenho ao menos cinco sugestões do que não fazer por lá:
- não comer ou beber ali porque tudo é caro e há pontos mais charmosos e tranquilos;
- não dar mole, pois há muitos batedores de carteira;
- não vestir roupas que deixem ombros, colo ou pernas desnudos quando for entrar na Basílica;
- não alimentar os pombos e muito menos deixá-los comer em sua mão;
- não servir de alvo aos pombos (eu sei, essa não dá pra evitar). Eu sou tão chique, mas tão chique, que nunca levei coco de pombo na cabeça no Brasil, mas tomei duas vezes em uma mesma viagem pela Itália: em Siena e… na Praça de São Marcos.
Não fazer bate e volta
Eu sei que hotel em Veneza é caro, mas se puder durma ao menos uma noite por lá. A cidade fica mais calma e vazia antes das 9h e depois das 18h, justamente porque todos estão vindo de ou voltando a seus hotéis em Mestre. A dica é não fazer bate-volta a partir de outra cidade pois não dá pra sentir Veneza em apenas um dia e você cometerá a injustiça de dizer que Veneza não te encantou. Sério, como pode não encantar? Só se você não tiver tido chance, mesmo.
Não fique apenas nos pontos turísticos
Não fique apenas nos pontos turísticos e ruas principais. Perca-se. Sei que isso vale para muitas cidades, mas aqui a coisa é séria! Você só se encontra em Veneza quando se perde. É chavão, todo mundo sugere, mas como é gostoso sentir isso na pele…
Não se desconecte
Nunca, jamais, saia para vagar por Veneza sem um app de mapa e o endereço de seu hotel. É outro chavão dizer que Veneza é um labirinto, mas é isso mesmo. Perder-se é essencial, mas encontrar-se é necessário!
Não tenha um ataque cardíaco durante a acqua alta
Quando a maré sobe e parte da cidade inunda, fenômeno popularmente conhecido como acqua alta, os barcos-ambulâncias não passam por baixo da maioria das pontes! Brincadeiras à parte, não se assuste, o fenômeno acqua alta é bem comum, principalmente no inverno, mas é raro chegar a ponto de impossibilitar a passagem de barcos.
Não caminhe entre as duas colunas da Praça de São Marcos
Esta é uma superstição local, pois era onde as execuções ocorriam e acredita-se que passar entre elas dá azar.
Café em pé
Vai tomar um cafezinho? Não se sente ou pagarás caro por isso. Não, não é uma maldição ou superstição, mas tomar café em pé no balcão pode custar 4 vezes menos, dependendo da localização.
Não assassine o italiano
Não tente falar italiano simplesmente usando sufixos (tipo caminhone para caminhão) e sotaque de novela da Globo ambientada na Mooca. Sim, tem gente que faz isso, acredite.
Não dê atenção a ambuantes
Sei que é uma tremenda falta de educação, mas aja como se os vendedores ambulantes fossem invisíveis. Ao primeiro sinal de interesse de sua parte, eles te perseguem insistentemente, gritando o preço, principalmente os vendedores de bolsas falsificadas (que são lindas, mulheres, resistam! rsrsrs).
Não ouça gente que se acha
Não entre na conversa de blogueiro-cabeça que diz que andar de gôndola é muito turístico, é clichê, etc. Faça o que te faz feliz, mesmo que isso custe € 80. Seja feliz ouvindo o gondoleiro entoar O Sole Mio enquanto você se lembra da propaganda do sorvete Gelato (nossa, entreguei minha idade agora!).
Não se reprima
Canta, Dança, sem parar… OK, talvez dançar seja meio exagerado, mas não deixe de cantar junto com o gondoleiro ao menos uma que todo mundo sabe:
Volare, oh oh, cantare, oh oh oh oh. nel blu dipinto di blu, felice di stare lassù…
Não fique na mão
Não esqueça de levar power bank, de carregar as baterias, de levar um tripezinho para fotografias noturnas caso ainda opte por câmeras fotográficas. Ou faça como eu, que esqueci o tripé e improvisei apoiando a câmera no corrimão.
E você, tem alguma dica do que não fazer em Veneza? Deixe aí nos comentários.
Respostas de 6
Você explicou com exatidão o que não fazer! Eu acrescentaria não usar salto, nunca! E não comprar máscaras ou “lembranças” sem certificação da Itália! Máscaras venezianas são feitas de papel marchê e não de plástico. Custas o dobro, mas são as verdadeiras, Pior do que fazer coisas “clichês”, é trazer produto falsificado ou imitações. Ao se perder nas vielas, encontrará certamente artesãos e é lindo vê-los trabalhar. Não vá a Murano só para comprar um souvenir. Na ilha onde se fabrica o vidro do mesmo nome, é mais caro( isso porque pra você eles vão vender uma peça e pros revendedores 1000. Uma dica boa: há uma Albergheria que fica dentro de Veneza e vale a pena ficar lá porque o preço é mais justo e é um apartamento.
Oi, Paula. Saltos altos deveriam estar em todas as listas, pois não combinam com sightseeing! Boa dica sobre as máscaras. Eu fui a Murano na minha primeira vez e no post eu falei que não vale a pena, na minha opinião. Vou dar uma olhada nessa Albergheria, valeu mais essa dica! Abraços
Na minha mala não falta nunca tênis, e daqueles de academia, rs. Na verdade já viajo com ele. Tenho dificuldade em escolher + outro sapato para usar em locais mais “sociais”. Levo bota? Mocassim? Sapatilhas? A dificuldade em épocas e locais mais frios, o ideal são botas, mas que podem ser desconfortáveis, ocupar muito espaço, serem pesadas. Já comprei + de 5 botas pretas, e sempre tenho dúvidas. Acho ideal as sapatilhas, mas qdo não é uma época e lugar + frio.
Pois é, Glaucia, às vezes deixo de ir em lugares mais phinos porque nao levei roupas e calçados adequados. Mas esses lugares tb não combinam comigo nem com meu bolso ahaha Já levei botas de salto baixo e bem confortáveis, assim não passei frio mas tb flanei sem problemas. Abraços
Concordo em gênero, número e grau! Ótimo post 🙂 Estive em Veneza no carnaval passado e não vejo a hora de voltar para me perder por lá. Como me perdi, rsrsr! Passei dois dias e meio e ainda assim faltou tempo.
Obrigada pelo elogio, Alessandro! Vindo de você, que escreve de um jeito super legal é um grande elogio. Acho que se perder é o melhor em qualquer lugar, mas em Veneza tem um gostinho especial!