O Jardim Botânico de São Paulo, na minha opinião, é o parque mais legal de Sampa. Não moro tão perto dele, então não vou lá com a frequência que gostaria, mas é sempre um prazer quando vou pelos motivos que compartilho aqui. Só o conheci quando preparava uma reunião com as mães e filhos da escola em que eu trabalhava e fizemos um lindo piquenique para comemorar o dia das mães, aliás uma das atividades mais prazerosas do parque em dias de sol. Desde então fui algumas outras vezes com minha família e nesta última visita resolvi escrever um post só para ele para você o conhecer – e ir também.
Confira outras atividades para fazer em São Paulo:
– visita ao Teatro Municipal
– Museu da Imigração em São Paulo. Porque somos todos nômades
– Mosteiro de São Bento em São Paulo
– São Paulo: roteiro pelo bairro da Luz
– Pontos turísticos no centro de São Paulo
– Um dia no Museu Catavento de São Paulo
– Mercado Municipal de São Paulo pelos olhos de uma paulistana
Porque o Jardim Botânico é meu parque preferido
Vivendo numa cidade grande, barulhenta e de alta densidade demográfica, acho natural que as pessoas necessitem de silêncio e muito verde. Se quero passear de bicicleta ou com o cachorro, é só ir a outro parque, certo? Ah, e eu gosto do belo. O parque é lindo.
Tenho um projeto que nunca tiro da gaveta cerebral que é falar sobre todos os parques de São Paulo, mas enquanto ele não sai, quero colocar pra fora uma tendência que estou adorando e que talvez você também tenha percebido: estamos ocupando mais os espaços públicos, não só para passear e praticar esportes como antes, mas para comemorar datas como aniversários, chás de bebê, e para fazer ensaios fotográficos. Até na praça perto da minha casa vi uma modelo e fotógrafo produzindo para alguma loja ou marca do mundo da moda. E não acho que seja uma questão de economia, não, do tipo ‘vou fazer no parque porque assim não preciso pagar buffet’. Precisamos resgatar o contato com a natureza, tão rara em uma megalópole como é São Paulo.
Jardim Botânico de São Paulo, esse desconhecido
A maioria das pessoas com quem converso sobre minha predileção pelo Jardim Botânico diz que nunca esteve lá. De certo que não fica numa região central como o queridinho Ibira, mas também não é o fim do mundo, afinal, quase todo mundo visita seu vizinho, o Jardim Zoológico quando criança. Ambos ficam numa mancha verde da zona sul de SP, o Parque do Estado, que na verdade se chama Parque Estadual das Fontes do Ipiranga.
Para completar seu passeio ao Jardim Botânico, leia Zoológico de São Paulo: o Maior Zoológico do Brasil, do blog Vamos por Aí.
Pra quem é o Jardim Botânico
Se você gosta de apreciar a flora, de passeios de contemplação, de fotografar, de sossego, de se reunir em pequenos grupos para um piquenique, este é seu parque.
Se você quer correr, levar seu cão para passear, bater uma bola, curtir música alto, se reunir pra fazer bagunça, fique longe do Jardim Botânico.
Regras de convivência
As regras rígidas resultam num parque tranquilo, livre de poluição sonora e agito:
– não é permitido andar de bicicleta (mas pode correr e caminhar)
– não é permitido jogar bola (mas pode yoga e meditação)
– não são permitidos animais domésticos
– não é permitido tocar música alta ou instrumentos amplificados eletronicamente (pode tocar violão e ouvir música com fones de ouvido)
História breve do Jardim Botânico
A região onde fica o parque era uma área de mata nativa com chácaras e sítios que foram desapropriados para preservação das nascentes do Riacho do Ipiranga. ?Ouviram do Ipiranga às margens plácidas…? Sim, ficam ali as nascentes do Ipiranga – e você pode vê-las bem de pertinho.
Em 1928 o naturalista Frederico Carlos Hoehne, que havia sido jardineiro-chefe do Museu National do Rio e participado de várias expedições botânicas pela Amazônia, foi convidado para implantar o jardim botânico, oficializado 10 anos depois.
O que Fazer no Jardim Botânico de São Paulo
São 360 mil metros quadrados (em torno de 2 vezes e meia o tamanho do Ibirapuera) que além de várias espécies da flora também abriga bugios, tucanos e preguiças. Eu nunca consegui avistar nenhum deles, infelizmente, mas garças, patos, tartarugas e peixes são bem comuns e segundo o site oficial há 139 espécies de aves (!).
O mapa abaixo já mostra os principais pontos, então vou falar de minhas preferências (pessoais, subjetivas, individuais – tá difícil hoje ser subjetivo sem ser atacado…) e sobre cada um deles.
A Alameda Fernando Costa é muito fotogênica e você obrigatoriamente vai passar por ela. Divida sua atenção com as plantas, árvores, riacho e os painéis fotográficos muito interessantes que comparam imagens naturais com elementos arquitetônicos.
Talvez queira visitar o Museu Botânico, que tem entrada gratuita. Não chega a ser impressionante, mas já que você está por ali, não custa conferir. Seguindo em frente, chegamos ao Jardim de Lineu, onde você pode se demorar para fotografar a simetria das escadas, portões, canteiros e estufas. Nesta última visita entrei apenas na estufa de plantas tropicais, mas não gostei não. Estava tudo muito seco, amarelado e sem viço, afinal, plantas tropicais precisam de muita umidade e não vi nenhum sistema de vaporização ou gotejamento funcionando.
Atrás da estufa fica a área de que mais gosto: o lago das ninféias, plantas aquáticas da família da vitoria regia. Menor, mas de igual beleza. Ali ficam grandes áreas gramadas onde se podem fazer piqueniques; o jardim dos sentidos, onde você encontrará várias espécies de ervas e plantas para tempero; um moinho d’água e um monjolo (adoro observar as senhoras que passam por ali e explicam a seus netos como era o uso, cheias de orgulho) e o portão histórico de 1874.
Já na ponta final do parque, um castelinho para as crianças brincarem e o início da trilha suspensa de 360 metros de extensão, muito legal para observar árvores e pássaros, que no final tem a nascente do rio Ipiranga.
Onde Comer no Jardim botânico de São Paulo
A grande maioria faz piquenique e o parque é ótimo para isso, com várias áreas de gramado (mas chegue cedo para conseguir uma à sombra) e algumas mesas para esse fim. Na minha opinião, a melhor localização é perto do lago nas Ninféias, mas o parque é todo lindo. Mas atenção: não são permitidas churrasqueiras ou fogueiras.
Há um restaurante logo no início do parque com serviço de buffet por quilo, que experimentamos e aprovamos. As mesas são dispostas debaixo de um pergolado e achei a comida simples, mas gostosa, e o atendimento rápido num domingo de sol. Funciona diariamente das 12h às 14h30 nos dias de semana, e nos finais de semana, das 11h30 às 15h30.
Horário de Funcionamento
De terça a domingo e feriados, das 9h às 17h (durante o horário de verão, até as 18h)
Ingressos
Sim, o parque não tem entrada gratuita – e acho que isso contribui para sua boa forma. Não há venda antecipada de ingressos, então é preciso comprar diretamente na bilheteria.
Estudantes: R$ 5,00
Público em geral: R$ 10,00
* Crianças até 4 anos, idosos acima de 60 anos e portadores de necessidades especiais não pagam.
Como Chegar
Fica ao lado do Jardim Zoológico, na Av. Miguel Estéfano, 3031, próximo às Avenidas dos Bandeirantes e Ricardo Jafet.
? linhas partindo das estações de metrô mais próximas
São Judas e Saúde: 4742-10, 475R-10
Santa Cruz: 475R-10
Imigrantes: 4491-10
? De longe, carro ou Uber é a forma mais confortável
Há um bolsão de estacionamento na rua em frente à entrada do parque, ao preço único de R$ 15,00.
E você, qual seu parque preferido? Deixe aí nos comentários. Abraços e mais verde pra você! ?
Respostas de 10
Que fotos maravilhosas! Realmente parece ser um lugar lindo. Ainda não conheço, mas já adorei conhecer um pouquinho mais!
Era nosso passeio predileto quando as crianças eram menores! chegamos a ver vários Bugios e micos no parque. E foi o primeiro passeio ao ar livre dos meus dois filhos. Uma delícia de parque!
Sem contar as exposições temporárias de orquídeas!!
Oi, Yumi, então tem várias recordações boas de lá, né? Puxa, não dei essa sorte de ver bugios… Obrigada pela visita e dê um beijinho nos meninos.