Este post relata o dia 5 de nosso roteiro de 5, 6 ou 7 dias em NY, quando atravessamos a Ponte do Brooklyn e passeamos pela região do Soho e pelo High Line Park. Foi uma viagem de dois adultos e uma pré-adolescente feita em outubro de 2015, veja no final, links para os demais posts com dicas de NY.
Penúltimo dia em Nova Iorque, que não rendeu muito, pois nosso ritmo já estava mais lento. Ah, era segunda-feira cinzenta. Por mais que eu ame viajar, dias cinzentos me afetam, não tem jeito, não consigo controlar. Além disso, uma das atividades planejadas para o dia, o Central Perk de Friends, furou feio.
Penso se o fato de este ter sido o dia menos planejado de toda viagem tenha a ver com isso. Eu só tinha os destinos e nenhuma dica esperta de restaurantes ou transporte ou de melhores spots para visitar. Tomamos a linha R do metrô por ser a mais próxima de nosso hotel na 59th e lá no vagão decidimos onde desceríamos. Pensa que blogueiro tem tudo planejado, né? Também sou de carne e osso e deixo de prever coisas que só na hora percebo serem essenciais.
Nossa primeira atividade foi o café que entre setembro e outubro de 2014 montou o cenário do Central Perk, o café fictício de Nova Iorque onde os amigos do inigualável seriado Friends se encontraram e jogaram papo fora por anos a fio. Descemos na Union Square achando que seria possível fazer transferência para outra linha, mas não foi. Olha outra confissão de gente carne e osso: nunca tentei entender completamente o metrô de NY. Pedimos informação se a Rua Lafayette estava muito distante dali para encarar uma caminhada e muita gente, como vendedores nas barraquinhas ou passantes, não sabia nos informar. Finalmente uma adolescente para quem pedi ajuda prontamente sacou seu Iphone e seus mega rápidos dedos digitaram à mesma velocidade da impressionante conexão com Internet. Coisas de primeiro mundo. Que bom saber que mesmo numa cidade grande ainda haja gente com sorriso disposta a ajudar turistas. E uma adolescente! Pois é, a gente nunca compra chip e usa Internet só onde tem wi-fi. A garota nos informou que seria uma caminhada de 10 ou 15 minutos, então pernas pra que te quero!
Essa região não é muito turística, mas se você estiver por lá, aproveite para comprar eletrônicos na Best Buy bem ali na Union Square. A algumas quadras a Oeste, encontrará a Washington Square, região da Universidade de Nova Iorque e que aparece em centenas de filmes representada por seu arco do triunfo.
A caminhada foi longa e não teve nenhum atrativo a não ser observar os edifícios com suas escadas de incêndio externas, a quantidade de prédios que estão sendo reformados ou que foram derrubados para dar lugar a arquitetura mais moderna, com fachadas envidraçadas e coberturas.
Enfim chegamos ao “Central Perk”, mas havia uma fila de 3 horas em média para entrar e ver o sofá laranja onde os personagens Ross, Joey, Chandler, Phoebe, Monica e Rachel se sentaram. Eu já tinha perdido 4 horas de NY em uma loja nesta viagem e não perderia numa fila, agora. Fica para quando eu for a Los Angeles, que tem o cenário e tour de Friends.
Atualização: Previsto e cumprido: em 2016 estivemos na Califórnia e fizemos o tour da Warner, com direito a cenário completo, sentar no sofá laranja e fotinho – sem filas!
Veja como foi nossa visita no post Warner Studios: ótima opção em Los Angeles
Tomamos um taxi e atravessamos a Brooklyn Bridge para flanar (esse verbo fica tão melhor na Europa, parece não combinar com o novo continente, que tem um ritmo mais rápido…) pelo Brooklyn Bridge Park, aproveitando a quietude local e admirando o skyline do Leste de Manhattan.
O parque tem uma área bastante extensa, com quadras, rinques de patinação, carrossel, com estrutura para crianças e adultos – e turistas! O píer 1 é conhecido como Dumbo. Juro que pensei que tivesse algo a ver como o elefante famoso (nossa, hoje estou me revelando!), mas significa Down Under Manhattan Brooklyn Bridge, e lá tem até uma prainha. A famosa Brooklyn Ice Cream Factory fica ali, mas o friozinho não me animou a provar.
DICAS: vá no final da tarde de taxi ou metrô (linhas A e C e descer na estação High Street e caminhar em sentido do East River). Espere pelo anoitecer e tire suas melhores fotografias noturnas. Muita gente opta por caminhar de volta a Manhattan para ter a experiência de cruzar a ponte do Brooklyn ao anoitecer, acompanhamento as luzes dos edifícios se acendendo. A ponte tem uma passarela acima das faixas de veículos apenas para pedestres.
A ponte do Brooklyn é majestosa e histórica: era a maior ponte suspensa do mundo quando de sua inauguração em 1883 e a primeira de aço. Há muitas curiosidades acerca da construção e uma grande festa marcou sua inauguração, mas uma semana depois estima-se que 20.000 pessoas tenham morrido pisoteadas ou esmagadas enquanto a atravessavam, devido a um rumor de que a ponte estaria caindo.
Tomamos outro taxi (o verde, híbrido, que deveria estar movido a eletricidade, de que falei no post NY em 5, 6, 7 dias) e pedi ao taxista que nos levasse ao High Line Park. Ele não parecia saber onde era nem mesmo depois de minha descrição da atração. Ainda bem que eu tinha um ponto de referência e chegamos sem problemas. Lá, o taxista disse: “Ah, é aqui, eu trago bastante gente aqui!” Tivemos que andar um ou dois quarteirões, pois eu não sabia exatamente onde haveria escadas ou elevador para acessar o High Line Park.
Esta é a mais recente “atração” de NYC e se trata de um parque-jardim construído sobre uma antiga linha de trem de carga suspensa, de 1934, desativada em 1980. Então se você não curte urbanismo ou plantas, talvez não vá gostar. Mas se adora grafite e obras de arte ao relento, vai adorar! A região do Chelsea, onde fica, não recebia turistas, mas hoje os sinais de revitalização dos prédios no entorno já começa a aparecer. Planejamento urbanístico aliado ao turismo…
O setor 1, que vai da Gansevoort Street até a West 20th Street, foi aberto ao público em 2009. Dois anos depois, da W 20th Street até a 30th e mais recentemente até a 34th. Em muitos trechos o guarda corpo é original, de ferro fundido e trabalhado. Em outros, design limpo e moderno.
Em alguns pontos, a via elevada se alarga e dá lugar a bancos para descanso e/ou apreciação da cidade. Em outros é bem estreita. Há muitos bancos para descanso e o acesso pode ser feito por escadas em sua maioria, mas vários pontos contam com elevador.
Eu vi menos obras de arte e grafites que esperava ver. Talvez tenha sido o ponto onde andamos. Mesmo assim, gostei do passeio. O único incômodo é a grande quantidade de turistas. Imagino que com o tempo a tendência seja esse volume diminuir e os moradores terão a chance de desfrutar de um belo parque suspenso.
Não dá pra visitar o High Line sem se lembrar que há proposta (ou divagação) de fazer o mesmo com o vulgo Minhocão, a pista elevada que liga a parte Leste da cidade de São Paulo à parte Oeste. OK, essa construção foi um erro absurdo, é horrorosa mas necessária para quem a usa (qual a alternativa para os motoristas, afinal?) e mais terrível ainda para os moradores dos edifícios da avenida que têm o barulho e a poluição dos carros como vizinhos próximos demais. OK, seria maravilhoso ter um parque onde hoje correm carros, mas primeiro é preciso oferecer serviço público de transporte de qualidade – e segurança. Mas além dos fatos de ambas serem elevadas e terem defensores de sua demolição, não tinham nada em comum e têm menos ainda agora. Ou você acha que a Prefeitura de São Paulo vai bancar a manutenção e segurança de uma área como essa? Você visitou o Centro Velho de São Paulo ultimamente? Queria escrever um post a respeito, mas fico com medo só de pensar em fotografar o que se vê por lá. Ah, o entorno da bela Sala São Paulo, você viu como está? Se você segue o blog, sabe que tenho uma memória musical popular forte e essas canções tomam vida em alguns lugares que visito. O hino de São Paulo, Sampa, de Caetano Veloso, foi assassinado pelo horror atual da Av. São João com Av. Ipiranga. Ficou Skank: “Se o Brasil não for pra cada um, pode estar certo: não vai ser pra nenhum!”. É isso.
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