O Central Park é tão grande que quase precisa de um roteiro para conhecê-lo e aqui você vai encontrar dicas redondinhas para não perder o melhor dele. Este post descreve nossa última manhã em Nova Iorque, quando visitamos o Central Park mais uma vez e seu zoológico.
Era nosso último dia, meio dia na verdade, em Nova Iorque, pois nosso voo de retorno sairia do La Guardia às 15h. Como nunca antes na história desta viagem, acordei cedo e pulei logo da cama (por que falta gás pra fazer isso nos demais dias? preciso aprender a tomar energético!). Tomamos café na manhã no Green Café (de novo!) e enquanto meu marido levou café da manhã pra Ju fui fotografar o Central Park. Eu tinha cerca de 1h30 antes de reencontrá-los na bilheteria do zoológico às 10h, então foi uma maratona com pequenas pausas para contemplação. Clichê, eu sei, mas eu adoro o Central Park.
Se você acompanhou os posts anteriores sabe que eu visitei o Central Park em faixas, leste e depois Oeste, então hoje era dia de revisitar o “miolo”, mas incluí aqui as dicas das principais atrações de todo o parque, para facilitar seu planejamento caso não queira “parcelar o parque em suaves prestações”.
O Central Park não tem nada de palmeirense, mas é uma mancha verde. Nenhuma novidade em dizer que é um oásis em meio aos arranha-céus, mas é exatamente esta a sensação. Tem 340 hectares – representando 6% da ilha de Manhattan – de árvores, lagos, gramados, quadras de tênis, campos de beisebol, rinque de patinação no inverno, playgrounds e muitas trilhas para corredores e ciclistas. Ruas também cortam o parque, você deve ter visto em filmes. Os cães também marcam presença e muitos deles são levados pelos dog walkers. Projetado no século 19, foi o primeiro parque público dos Estados Unidos e é orgulho dos nova-iorquinos – e quintal da casa de muita gente abastada, claro.
Como Chegar ao Central Park
Você pode chegar ao Central Park pelas linhas B ou C e descer nas ruas W 59th, 72nd, 81st, 96th e 103rd. Quanto maior o número, mais ao Norte da ilha – e do parque – você estará. Se quiser, comece sua visita do centro de informações no The Dairy, caminhando de leste a oeste na rua 65th, e ganhe mapinhas e dicas. Como abre às 10h, eu não fui até lá.
Eu acessei o parque pelo lado leste, em frente ao Plaza, contornando o lago (The Pond) que havia sido minha vista em primeiro plano naqueles últimos dias.
Sem mapa (metida, né? kkkkk), dependi exclusivamente de minha memória para me localizar e reencontrar alguns pontos principais do parque. Isso também é legal, porque encontramos outros tesouros.
Muitos bancos foram doados em troca de uma plaquinha homenageando pessoas queridas que já se foram.
Na altura da Rua 72, começando a Oeste, você vai encontrar o Strawberry Fields, área em homenagem ao ex-Beatle John Lennon, que morreu assassinado ali pertinho. A obra foi feita em um descampado com doações do mundo todo e hoje tem várias espécies de plantas, inclusive morangos (strawberry). O mosaico com a inscrição Imagine (uma de suas lindas músicas já em carreira solo) foi doado pela cidade de Nápoles, Itália. Quando visitei era dia no aniversário de Lennon e estava bem cheio de turistas e fãs.
Seguindo em direção Norte, você encontrará a Bow Brige, que passa sobre o lago (The Lake). É uma das sete pontes originais do parque. Olhando as fotos, você não diria que está em Nova Iorque, aposto!
Continuando na altura da 72nd em direção Leste, você sai na área mais bonita do parque, na minha opinião, e também uma das mais fotografadas: a Bethesda Fountain and Terrace. Você certamente já viu diversos filmes em que ela serviu de cenário!
Continuando a Leste, na mesma linha da 72, você encontra uma área que eu também adoro, que é a Conservatory Water, mais conhecida como Lago dos Barcos, onde nos finais de semana de verão as crianças participam de corridas de barquinhos movidos a controle remoto, inspiração proveniente do Luxemburgo de Paris ehehe.
No inverno parte da água é retirada e com seu congelamento os barquinhos dão lugar a um rinque de patinação. A área tem um café (tivemos a sorte de música ao vivo na tarde em que estivemos lá) e no verão há contação de histórias perto da estátua de Hans Christian Andersen, o criador de O Patinho Feio, entre outras. A escultura de Alice é um “trepa-trepa” pois, diferente de outras esculturas, ali as crianças são convidadas a subir!
Caminhando em direção Norte você vai cruzar com a Rua 79. Vire à esquerda e sairá no Belvedere Castle, que em italiano significa vista bonita. O castelinho tem um mirante de onde se vê boa parte do parque e é ali que a temperatura da cidade é tirada.
Ali também fica o Great Lawn, o gramado que vira a praia dos nova-iorquinos no verão!
Como eu disse, eu tinha poucas horas. Se você quiser e puder, visite o website oficial do Central Park para se planejar e conhecer o parque por inteiro, pois tudo isso que eu falei é só a metade dele!
Você pode fazer o percurso mais rapidamente se for de bicicleta, mas nem todos os pontos têm ciclovias. Se quiser mesmo assim, vá até a Columbus Circle (no lado Sudoeste do parque) ou ao restaurante Tavern on the Green, que fica dentro do parque na altura da rua W 67th.
Tempo encerrado, me restava voltar e escolhi ir pela Quinta Avenida por se um caminho em linha reta. A calçada ainda abrigava as arquibancadas montadas para a parada do dia de Colombo, feriado americano. Encontrei minha família em frente à bilheteria do zoológico do Central Park (entre a East 66th e a 63rd). Conhecê-lo era desejo de minha filha, talvez pelo imaginário legado da animação Madagascar.
Os leões marinhos são um espetáculo! Exibidos, barulhentos e engraçados sempre agradam a todos. Mas se quiser, pode vê-los à distância, sem pagar ingresso, como o pessoal ali da foto, no portão.
Bem, se você me perguntar se vale a pena conhecer o zoo do Central Park, eu vou te dizer que não. E não é porque não tem Gloria, Alex ou Melman. É um zoo antigo, do tipo que tinha “vitrines” de animais. Com boa vontade e conhecimento, o zoo foi modernizado nos anos 1980 e hoje tem áreas mais amigáveis aos animais. Mas são poucos e como visitamos no outono e em dia de semana, algumas áreas estavam fechadas, então considere esses fatores em sua visita a NYC.
Além do Central Park Zoo, existe o Tisch Children’s Zoo, muito legal para crianças menores que vivem em cidade grande, pois há animais domésticos como cabras, ovelhas, uma vaca e porcos. Entre os dois, o relógio Delacorte sobre arcos, que a cada meia hora toca uma melodia. Os animais “dançam” a sua volta. Os macacos tocam o sino.
O ingresso dava direito a uma sessão de cinema 4D do filme Rio. Claro que fomos prestigiar! É um resumão da animação e conta a história toda em 15 ou 20 minutos, mas com direito a vento e água no rosto!
Deixamos o parque, meu marido seguiu para o hotel e nós meninas fomos para a Fao Schwarz buscar uma Elsa (se você não vive o universo infantil ou esteve congelado nos últimos anos, saiba que Elsa é a “Rainha Gelada”, personagem de Frozen que canta Let it Go). Sobre a Fao, leia post Lojas de Brinquedo em NY -link abaixo). Voltamos ao hotel, pegamos a mala, dei uma última olhada no Central Park da janela do quarto para me despedir e tomamos um taxi para o Aeroporto La Guardia.
Espero que este post te ajude a situra as principais atrações do Central Park, mas como eu disse, há muito mais para ver e fazer.
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Respostas de 3
Estou indo para NY em novembro e seu roteiro foi dos melhores e mais detalhados que li. Obrigada pela generosidade em compartilhar!
Obrigada Meire! Muito bom saber disso. Se vc ainda precisa reservar hotel, lembre-se que o blog tem parceria com o Booking e oferecemos desconto no seguro viagem para leitores. Tenha uma boa viagem!