Diferente de Elizabeth Gilbert, autora do best seller Comer, Rezar, Amar, eu não fui a Roma por 6 meses para viver os prazeres da gula mesa, e embora a Itália seja o país que mais ative meus sentidos na hora das refeições. Provar as comidas – e bebidas – típicas dos lugares por onde passamos faz parte da experiência de viagem, seja um simples peixe frito na beira da praia, seja provar um inseto crocante no Oriente – PODE PARAR TUDO!!! isso acho que nunca vou conseguir fazer e admiro quem consiga provar lesma de bicho da seda no Vietnã, carne podre de tubarão na Islândia, formiga sei lá onde. Se eles não fazem cara feia, eu faço só de ver!
Neste post você encontra dicas ‘escondidas’ nas descrições dos pratos cujas imagens compartilho com vocês e com o grupo de blogueiras do 8on8, do qual faço parte. São 8 imagens publicadas no dia 8 de cada mês. Já participei com O que Fotografar em P&B e compartilhei meus Suvenires de Viagem Diferentes. Então vamos lá!
1. Nem sempre a comida típica de um lugar é a mais marcante para as papilas gustativas, como foi o goulash, uma sopa de carne, legumes e muuuita páprica, comida típica da Hungria, que provei em Budapeste.
2. Não sei se foi sorte de principiante, mas acho que nunca mais provei um waffle tão delicioso como o de Bruges, na Bélgica.
3. Melão com prosciutto é um dos aperitivos que rivalizam com a bruschetta. Este é da cidade Colle di Val d’Elsa, que visitei na Toscana, a caminho de San Gimignano. Como muitas cidadezinhas medievais, fica no alto de uma colina, tem uma muralha bem conservada e não vai muito além disso, mas bom é que é livre de turistas, uma ótima opção para quando você se cansar do zumzumzum das outras cidadezinhas.
4. linguiças e salsichas alemãs e austríacas. Gente, o que é aquilo? Depois de comer os embutidos de lá não vejo graça nos daqui. São saborosos, seguem uma legislação rígida acerca da quantidade de gordura que pode ser estufada, e adoro a praticidade de espetar o pão num pino de metal para fazer um buraco que vai acomodar a linguiça, sem que ela fique sambando no seu lanche! A imagem é de uma barraquinha na Oktoberfest de Viena.
5. E como não se come sem bebida, deixo o registro de uma com quem tenho uma ligação emocional, o pisco sour. O efeito de ter acabado de conhecer Machu Picchu e de ter bebido uma dose foi responsável pela minha bucket list, uma lista escrita no bloquinho do garçom dos 20 lugares para conhecer antes de morrer. E com isso, nasceu também o blog Mulher Casada Viaja!
6. pizza italiana. Sei que muito brasileiro acha a pizza brazuca melhor, pois tem mais recheio, mas não se trata de quantidade e sim de qualidade. As pizzas têm aquele molho caseiro delicioso, massa crocante, queijos frescos… Por falar em massa, você sabia que na Itália é crime os restaurantes não informarem no menu se o prato é congelado? Aqui no Brasil eles falam sem a menor cerimônia que é só descongelar, como se fosse a coisa mais natural do mundo ir a um restaurante pra comer comida congelada! Mas se fizeram uma lei, é porque lá também estava rolando isso, claro. Esta belezinha é de Verona.
7. Café da manhã no Deserto do Atacama. Não bastasse a vista magnífica, o baguete que a agência FlaviaBia Expediciones compra para servir os clientes, fabricado por um francês (claro!), é dos deuses! Chá de coca com pão francês, uma nova combinação!
8. Prato saudável e bonito. Quando vou à Europa, adoro almoçar só uma salada. Acompanhada de um vinho (ou cerveja) e de pão de qualidade, pra que mais? Esta é de Viena.
Eu poderia listar mais um monte de coisas, como as frutas saborosas do Chile, a carne inigualável da Argentina, a apresentação dos pratos peruanos (até a batata frita eles arrumam no prato, como num jogo de empilhar!), peixinho frito na beira de uma praia qualquer no Brasil, e por aí vai. Como eu disse, comer e beber fazem parte da experiência de viagem, mesmo que você não tenha grana para visitar restaurantes estrelados e provar safras raras de vinho. Numa viagem, comer deixa de ser uma experiência apenas gastronômica e todos os elementos envolvidos nesta tão corriqueira atividade compõem um quadro de novas aventuras: se comunicar em outro idioma, escolher um prato no cardápio, ajustar seu paladar, compreender sutilezas das diferenças culturais no comportamento de atendenets. E um momento de gratidão: aproveitar o momento e brindar pelo privilégio de estar ali, enquanto tantos mal podem se alimentar ou viver os prazeres de uma boa viagem. Bon Appétit!
Blogs participantes neste mês:
A Pollyane, do Diário de Polly, conta sobre 8 comidinhas e pratos do Vietnã (será que rolou bicho da seda?)
A Flávia, do Quarto de Viagem, postou fotos que dão vontade de comer e muitas dicas para comer no Brasil, África do Sul e Inglaterra.
Respostas de 13
Meuuuu deusss esse post me deu muita fome. E pensar que a minha estréia na Itália vai ser esse ano, certamente vou me acabar.
Fiquei com água na boca… E essa pizza que comeu em Verona pareceu estar divina, mas acho que o meu favorito ainda foi o waffle.
Concordo muuuimuito com este texto! Provar sabores locais (também tenho limites) faz parte de nossas experiências de viagem!!! Esta lista está absolutamente sensacional, deliciosa, cultural e sensorial pois suas descrições nos carregam por estas delícias nos levando um bocadinho além do visual que está maravilhoso! ??
Marcia do céu! Você me mata com esse post… Tô desesperada com a foto dessa pizza! Socorroooo! Amei amei amei todas as dicas e fotos “apetitosas” que você compartilhou conosco. Ah, também comi o melhor waffle da vida na Bélgica, então deve ser o melhor mesmo! hahaha Beijooo
O melhor Waffle ser Belga parece unanimidade! Essa pizza ficou show mesmo rsrsrs. Bjs