Miami: Basquete na Arena American Airlines

Sempre que viajo procuro saber se haverá algum show ou jogo na cidade para onde vou e desta vez consegui encaixar no planejamento uma partida de basquete em Miami. Longe de eu ser classificada como do tipo esportista, mas gosto mais de uma partida de basquete ou vôlei do que de futebol. E tem a questão cultural: assistiria hokey no Canadá, baseball nos Estados Unidos, Rugby na Inglaterra, surfe na Indonésia. Mas vamos combinar, esses americanos sabem fazer um espetáculo! Uma partida de basquete não é atrativa só pelo jogo, mas pelo que acontece durante os intervalos: danças, vídeos, brincadeiras com distribuição de prêmios como TVs de 50 polegadas, música o tempo todo, torcida participante. Teve até pedido de casamento no telão, igual aos filmes! Para começar, a Arena American Airlines, em Key Biscayne, Miami, já é um espetáculo (ou seria a organização? ou seria a educação dos expectadores?): linda, limpa como um hospital, com balcões de venda de alimentos e lojas, de fácil acesso.
Se você já assistiu a um jogo em SP ou mesmo a um show, sabe como pode ser uma aventura chegar, estacionar, encontrar algo decente para comer, estar seguro, sair sem ser atropelado e encontrar seu carro livre de arranhões feitos pelos flanelinhas. Daí minha surpresa. A Arena fica ao lado do Shopping BaySide, com transporte público variado (nossa, opções de transporte, algo que desconhecemos) MetroRail, MetroMover e MetroBus. Fomos de carro, mas que susto o preço do estacionamento: 40 doletas! Acho que fomos extorquidos. Nada é perfeito. Mas eu sofro e você leva a dica: compre o bilhete de estacionamento antecipadamente junto com o ingresso, pela Ticketmaster, ao custo de 15 dólares. O ingresso no setor 305 custou 66 dólares com taxas governamentais e de conveniência. Na internet você encontrará vários sites inclusive revendendo ingressos (cambistas), mas apenas os da Ticketmaster são aceitos.  Não há cartão ou bilhete. Você leva a impressão do ticket em formato A4 no papel sulfite e na entrada o código de barras é escaneado. As simple as that.

O jogo a que assistimos junto com outros 19.727 torcedores foi o Miami Heat (da casa) X Charlotte Bobcats e tivemos a sorte de presenciar a quebra do recorde de 61 pontos feitos por um único jogador em uma partida da NBA, marcados pelo grande (nos dois sentidos) jogador Lebron James, considerado do mesmo nível de gigantes (desculpe o trocadilho) como Michael Jordan e Magic Johnson. Let’s go Heat!, o grito de guerra da torcida de Miami, também foi entoado por minha filha de 12 anos que ao final do jogo disse “Nosso time ganhou!”. Quem diria que ela curtiria tanto um jogo da NBA?