Aqui você vai encontrar sugestões de passeios para fazer fora da cidade de Santiago: bate-voltas que fizemos até Portillo e vinícola San Steban, além de outros bate-voltas populares, como Viña del Mar, Valparaiso e Cajon del Maipo.
Primeiramente, explico que esta era minha primeira vez em Santiago, então preferi ficar mais pela cidade do que fazer bate-voltas, mas se você tem mais tempo do que nós tivemos ou se priorizar passeios fora da cidade, há várias opções. Como não fiz todos, deixarei links para posts de blogs amigos que tiveram esta experiência, assim não deixo meus queridos leitores na mão. Mas primeiro vamos falar do que eu fiz: Portillo e Vinícola San Esteban.
Santiago: bate-volta a Portillo
Portillo é um resort de esqui localizado a 150 km de Santiago e o visitamos em pleno verão, o que tem seus prós e contras. No verão fica vazio e tranquilo e éramos os únicos por lá ?, além de que o azul do céu se reflete na água do lago do Inca e as fotos ficam lindas. No inverno, parece que o acesso é permitido apenas para hóspedes do hotel ?. As montanhas dos Andes ficam nevadas, fica tudo branquinho, mas o lago perde o intenso azul. Mas você pode brincar na neve ou praticar esportes de inverno.
Outra vantagem de ir a Portillo no verão e não a outro resort (leia-se Vale Nevado) é que você percorre uma das estradas mais sinuosas do mundo, a Caracoles, com 28 curvas em U. Gostou?
Conto em detalhes o passeio que fizemos até lá nos post Bate-volta de Santiago do Chile: Portillo e Caracoles, então é só clicar no link e ler para entender melhor o que é esse lugar.
Santiago: bate-volta à vinícola San Esteban, no Vale do Aconcágua
Confesso: prefiro visitar uma cervejaria do que uma vinícola, mas não me programei para conhecer nenhuma em especial nesta viagem a Santiago por outro motivo: falta de tempo. Mas o Tomaz da empresa 2govan, que nos levou até Portillo, fez uma paradinha na Viña San Esteban, uma das maiores produtoras chilenas, situada no vale do Aconcágua
É um bate-volta interessante e contemplativo, pois passamos por quilômetros e quilômetros de estradas ladeadas por vinhedos, contrapondo à aridez de terras não cultivadas e mais adiante dos Andes. Para chegar lá, lembro que passamos por apenas um pedágio, que aceita dinheiro, e o caminho eu já deixei pra você, caso queira ir por conta própria:
Eu, particularmente, achei a visita rápida, talvez porque tenha sido minha primeira vez numa vinícola, e tudo fosse novidade. Uma complicação foi o fato de o tour ter sido em espanhol, língua que nunca estudei e consigo entender com algum esforço, mas numa situação de aprendizado como era esta, acredito que muito se perdeu no caminho. Mas eles também têm tours em Inglês.
Logo na entrada temos alguns dos tipos de uvas cultivados na San Esteban, depois passamos por uma plantação e entramos no galpão onde são armazenados os barris de carvalho.
A monitora frisa que estamos visitando uma vinícola em funcionamento, não para turista ver, então tinha vinho escapando da mangueira que levava aos enormes tonéis, detritos separados dos bagos de uva, que são usados para produzir adubo, empilhadeiras circulando, enfim, é tudo muito real, o que me agrada. Ela responde a nossas perguntas e pelo menos no dia em que fomos não senti que era um texto decorado, mas sim a apresentação das etapas de produção de quem realmente trabalha no ramo – e parece se orguhar disso.
No melhor estilo Disney, na saída fomos encaminhados à lojinha que fica na frente da propriedade e lá provamos alguns rótulos e escolhemos o que levar para casa.
Não deixe de ler os posts com o roteiro dos demais dias passados em Santiago
Sei nada sobre vinhos, mas já conhecia uma história no mínimo cativante: a uva Carménere é originária da região de Bordeaux, na França, mas uma praga a destruiu no século 19 e ela foi considerada extinta. Em 1994 um especialista francês foi contratado para resolver um problema com as Merlot no Chile e descobriu que o único problema da Merlot é que ela não era Merlot, e sim Carménere, cujas primeiras mudas foram trazidas antes de a praga atacá-las na Europa e graças à geografia e clima chileno ficou imune à devastadora doença. Aliás, o Chile é extremamente cuidadoso quanto a pragas e nenhum alimento in natura pode passar com turistas pelas fronteiras. Das duas vezes em que cruzei Argentina-Chile de carro, tive que jogar fora frutas que trazia comigo.
Ao final desse dia tão produtivo e de tantas paisagens e informações novas, tomamos um Uber (2.215, saindo do Centro) para jantar num pedaço da cidade charmoso e com vida noturna agitada, pertinho do Cerro Santa Lucia – ainda mais que era uma sexta-feira. Descemos na rua Pe. Luis de Valdivia, e os restaurantes já estavam lotados! Conseguimos uma mesa num italiano, o Los Toro y Compania e provamos vinho e massa. Depois do agradável jantar, vimos nas redondezas artistas de rua, muitos bares e restaurantes legais, então eu recomendo uma noite por ali.
Voltamos a pé para o hotel (algo que jamais faria em SP à noite, na região central), afinal eram apenas 2 km. Na região do centro, perto da Plaza de Armas, apertamos o passo, mas tenho certeza que é costume de paulistano assustado. Em todo caso, repito aqui o que falei no primeiro post: há muitos batedores de carteira, principalmente no metrô, e cuidado com câmeras e celulares, foi o que um morador local me disse. Como em todo lugar, cuidado nunca é demais, mas também não é preciso deixar de curtir a cidade por causa do medo.
Para fazer bate-voltas por conta própria, você vai precisar alugar um carro. O blog Mulher Casada Viaja tem parceria com empresas idôneas e que testamos em nossas viagens, e fico tranquila para sugerir para você, assim como todas as dicas que escrevo aqui desde 2014. Parcerias com empresas como a Seguros Promo (seguro viagem com desconto para leitores do blog), o Booking.com (reserva de hospedagem) e a Rentcars.com, além de indicar serviços de qualidade, nos ajudam a pagar despesas relacionadas ao blog. Então se você gosta de receber informações de qualidade gratuitamente, faça um orçamento com estes nossos parceiros e, se as condições forem favoráveis, que tal comprar seu seguro viagem, reservar seu hotel e carro aqui? Você não pagará nem um centavo a mais e estará dando uma força. Mas tem que clicar os links acima ou ao final deste post. Brigadinha.
Outros bate-voltas a partir de Santiago
Vinícolas perto de Santiago
Quem visitou algumas vinícolas e escreveu sobre a Rota dos Vinhos Chilenos foi a Juliana do Turistando.in. Passe lá principalmente se você tiver um caso de amor com a bebida de Dionísio.
A Gisele do Destinos por onde Andei compartilhou o relato de sua visita ao Museu Andino, que conheceu durante uma visita à Vinícola Santa Rita.
Bate-volta a Valparaíso e Viña del Mar
Nós não fomos a Valparaíso e Viña del Mar desta vez, mas quem tem dicas sobre bate-voltas até lá é a Klécia do blog Fui Ser Viajante, e a Camila do blog O Melhor Mês do Ano (ganha uma volta ao mundo quem adivinhou que é o mês de nossas merecidas férias!).
Bate-volta a Embalseel Yeso – Cajon del Maipo
Os Coisos on the go escreveram muitas coisas sobre o Chile e neste post você encontra detalhes sobre o bate-volta a esta represa que cada vez mais recebe turistas.
Bate-volta a Vale Nevado
O casal apaixonado por culinária e viagem do Malas e Panelas esteve no Vale Nevado em pleno verão, confira o relato deles. E a Gisele do blog Aprontando as Malas tem dicas do Valle Nevado como estação de esqui.
Chile, de Norte a Sul – sem bate-voltas
Muita gente pergunta se dá pra fazer bate-volta a lugares como o Atacama (mais de 800 km de distância) ou Torres del Paine (apenas 2.790) a partir de Santiago, provavelmente por pura falta de conhecimento geográfico (ou porque não conhecem o Google? ahaha). O Chile é um país de paisagens, relevo e clima ricos e diversos justamente por sua geografia. Tive o prazer de conhecer o Deserto do Atacama ao Norte e Torres del Paine no sul patagônico, assim como a cidade Puerto Varas na região dos Lagos Andinos depois de cruzar os Andes a partir de Bariloche no passeio denominado Cruce Andino. O casal mineiro do Viajando na Janela esteve em Chillán, que fica a 400 km de Santiago.
Aliás, justamente pelos quase 5 mil km de extensão do Chile, é mais fácil organizar roteiros combinando Chile e Argentina. Quer saber como? Leia Roteiros de Viagem ao Chile e Argentina
E você, já fez algum bate-volta que não citei no post? Tem alguma dica pra acrescentar? Deixe um oi nos comentários.
Respostas de 18
Que legal, não conhecia essas opções no Chile. Muito curiosa Carácoles, que estrada interessante. Mas dá para ficar enjoado? Rs, foi a primeira coisa que pensei.
Maravilhoso o piquenique em Portillo, parabéns pela viagem.
Foi uma surpresa pra mim também. Não deu enjôo, não, mas isso é muito individual, né?
Obrigada pela visita.
Santiago tem muitas atrações bem legal perto de lá mesmo, eu fiz para as vinícolas e para o Vale Nevado esquiar.
Com certeza eu teria ido ao Vale Nevado se fosse inverno.
Ótimas dicas! Fizemos Cajon del Maipo e em outro dia Vina del Mar/Valparaiso, mas fiquei louca pra conhecer os outros lugares… na próxima ida à Santiago iremos! 😀
Adorei as dicas de bate-volta. Santiago é uma cidade que serve como base para vários passeios muito interessantes. Confesso que a visita em vinícolas é o meu fraco rsrs