Viajar envolve não só o destino, mas todas as vivências que provamos durante o caminho até ele, e neste aspecto os aeroportos mais modernos oferecem uma experiência de viagem única ainda entre seus corredores e salas de embarque, como um trailler de filme ou o abre alas de uma escola de samba dão uma ideia do que está por vir. Confira como é o aeroporto de Anchorage Ted Stevens, onde a viagem ao Alasca começa.
Já contei que o Alasca entrou no nosso roteiro pelas Montanhas Rochosas Canadenses por um pecado capital meu, o da gula. Não bastava ficar apenas no Canadá, eu tinha que aproveitar a relativa proximidade e pegar 2 voos até Anchorage, a partir de Calgary. Não coincidentemente, foram os 2 aeroportos (até escrevi Calgary: quando o aeroporto te abraça) de partida e chegada que mais me impressionaram não só durante esta viagem, mas dentre as muitas que já fiz. Neste post você vai encontrar:
- informações sobre a arte e elementos expostos no aeroporto de Anchorage
- área de locadoras de veículos
- hotéis perto do aeroporto de Anchorage
- voos até Anchorage e relato dos nossos
- imigração norte-americana no aeroporto de Calgary
- links para outros posts sobre o Alasca
Como é o aeroporto de Anchorage Ted Stevens
O Ted Stevens Anchorage International Airport fica a apenas 5 quilômetros do centro de Anchorage e recebe voos da Air Canada, Alaska Airlines, American, Delta, entre outros. Algo pouco comum em aeroportos americanos, conta com um terminal de trem, além de outros elementos presentes em grandes aeroportos, como variedade de lojas, restaurantes e área para locadoras de automóveis. Mas estamos falando de Alasca, então nada é tão igual ao que há por aí. Além de suas bem-vindas peculiaridades, as esculturas e taxidermia pelos corredores são uma forma de nos introduzir à cultura alasqueana. Registrei alguns deles e compartilho aqui
Ao lado das escadas rolantes do nível de transporte, vemos 3 animais da região. O boi almiscarado, por exemplo, é um bovino do Ártico cuja pele é 8 vezes mais quente que da lã de ovelha.
Muitos corredores têm elementos típicos, como animais empalhados (pessoais sensíveis, por favor saibam que estes animais também morrem de morte natural, não foram necessariamente mortos por um caçador; mas muitas vezes foram), esculturas e uma das coisas de que mais gostei foi o painel feito com fotos do Alasca publicadas no Instagram, olhem que demais esta ideia (segunda foto abaixo):
A sala onde desembarcamos, no terminal Sul (voos domésticos), tem algumas esculturas vintage que servem de bancos – pra conquistar qualquer amante de viagens!
Retiramos nossa bagagem e seguimos para a área das locadoras de veículos, que tem uma passagem muito bonita, com vitrines de produtos inuíte (esquimós) e painéis com a história do aeroporto de Anchorage, um verdadeiro museu. As luminárias do teto piscam, representando as luzes do norte, ou aurora boreal, que infelizmente não vimos por ser verão e haver muita luz e pouco frio.
As lojas de presentes contam com muitos produtos típicos, mas achei as do centro de Anchorage mais legais.
Alugel de carro em Anchorage – mais problemas!
A área destinada às locadoras não é das maiores, mas fica bem reservada, ao final do corredor-museu de que falei acima. Em compensação, o acesso à garagem é bem fácil, também.
Eu sempre disse que planejo tão bem nossas viagens que quase nunca temos perrengues, mas esta viagem desestabilizou esta verdade! Além do voo SP-Calcagry cancelado da Aeromexico e do pepino do sobrenome de solteira (leia mais abaixo), quando fomos ao balcão da Alamo para retirar o carro reservado nos deram um hatch, sendo que eu tinha reservado da categoria do Corolla, ou seja, um sedan, para ter as 3 malas escondidinhas no porta-malas generoso. Mesmo depois de afirmar que eu conhecia meus direitos de que em caso de não haver carro disponível na categoria reservada receberia um upgrade gratuito, a funcionária insistiu em cobrar a diferença. A sorte é que eu tinha reservado com a Rentcars, que depois do fim da viagem recebeu meu relato e comprovantes e resolveu a questão, com a Alamo cancelando a cobrança da diferença no cartão de crédito.
Onde ficar perto do Aeroporto de Anchorage
Anchorage é relativamente pequena e não há trânsito entre o centro e o aeroporto, mas preferimos ficar pertinho do Ted Stevens ao deixar o Alasca, pois nosso voo sairia pela manhã – e eu achei que daria tempo de passear pelo lago Spenard, mas não deu. Ainda bem que tínhamos passado um final de tarde ali, observando o vai e vem de hidroaviões. A dica de sempre é reservar com o máximo de tempo possível para garantir boas opções, de preferência tarifas canceláveis para continuar rastreando preços e fechar o melhor. No post O que Fazer em Anchorage eu listo os outros hotéis em que ficamos e dou mais opções.
- Courtyard Anchorage Airport – Foi um dos 3 hotéis em que ficamos (coisas de blogueiro de viagem), a apenas 3 km do aeroporto. Apesar de servir a quem viaja a negócios, tem uma boa área de lazer para famílias. O café da manhã não estava incluso em nossa tarifa, mas nesta viagem compramos muita coisa em mercados e lojas de conveniência para economizar no café da manhã. Os hóspedes deram nota 9,1 no Booking.
- Comfort Suites Anchorage International Airport. Outro hotel perto do aeroporto com nota 9 mas custo melhor e café da manhã incluso.
- The Lakefront Anchorage – Este hotel tem vista privilegiada para o lago Spenard, onde pousam e decolarm hidroaviões. Avaliado em 8,4 tem um custo similar aos demais,
- Holiday Inn Express – A 4 km do aeroporto, oferece serviço de transporte até lá gratuitamente e inclui café da manhã.
- Mais econômico e simples, o Puffin Inn também oferece transporte gratuito até o aeroporto. Os hóspedes deram nota 7.9 para ele.
Voos até Anchorage, Alasca
A forma mais rápida de chegar a Anchorage é em voos a partir de Vancouver ou Seattle, então é uma boa incluir uma destas cidades no roteiro, se você tiver tempo. Do Brasil, a American faz escala em Dallas, a Delta em Atlanta e Seattle, a United em Chicago e a Air Canada em Toronto e Vancouver. Os preços variam bastante, mas não é dos bilhetes mais baratos, não. Em abril, para voar em setembro/19, saíam mais de R$ 5 mil. Por isso achei que valia muito aproveitar a viagem ao Canadá para ir ao Alasca. Na época, com estes 5 mil compramos 3 bilhetes ida e volta Calgary-Anchorage.
Partimos de Calgary no final da manhã, onde levei o maior susto! Quando comprei o bilhete aéreo Calgary-Anchorage preenchi com meu sobrenome de solteira junto ao meu nome, sendo que no passaporte ele está junto ao nome de casada. Bem, por este motivo tivemos uma espera angustiante para saber se eu poderia embarcar de uns 10 minutos no balcão do check-in que pareceram uma eternidade, afinal, depois de todo o sufoco que passamos com o voo cancelado da Aeromexico, eu não precisa mesmo de mais emoção deste tipo na viagem. Então fica a dica: atenção na hora do preenchimento do seu nome durante a emissão do bilhete!
O voo da Delta Calgary-Seattle num E-175 (configuração 2-2) teve duração de 1h30 e não tinha entretenimento, mas foi bem confortável. Serviram apenas um lanche (biscoitos) e suco ou refrigerante. Mas é possível comprar algo mais substancioso, se a fome apertar. O voo Seattle-Anchorage é mais longo, dura 3h20.
Não consegui conhecer o aeroporto de Seattle pelo breve tempo de conexão, mas encontrei uns seguidores de Kurt Cobain, sim! (ahaha) Na volta fizemos os mesmos trecho e vi a região de Seattle do alto, num raro domingo ensolarado, com navios de cruzeiro e velas de barcos branqueando os braços do Pacífico. Reconheci o lindão monte Rainier, que é o ponto mais alto do estado de Washington, e o ícone de Seattle, a Space Needle.
Foi na volta também, Anchorage-Seattle, que tive o prazer de ver as geleiras do Alasca – é muita emoção para quem gosta de montanhas e geleiras!
Procedimentos de segurança e a imigração americana
Como pegamos o voo para Anchorage em Calgary, os procedimentos de entrada nos Estados Unidos foram feitos lá, em solo canadense, então imagino que quem voa com conexão em Los Angeles ou Seattle fará lá. Lembre-se de que é preciso possuir um visto dentro da validade – visto americano, o Alasca não é no Canadá, como muita gente pensa.
Para entrar na área de embarque internacional, é preciso tirar os sapatos, cinto, echarpe ou cachecol, touca, jaqueta ou casaco. Colocar celular, laptop, tablet, moedas e qualquer coisa de metal e depositar na bandeja que segue na esteira do raio X. Fui barrada no raio X por causa de um anel, acredite se quiser! Tive que passar por aquele escaner corporal, que tanta polêmica causou no início de sua introdução. Tirado o anel, fui liberada. Daí passamos pelo freeshop e embarcamos no horário com partida do voo pontual.
Pra finalizar, reitero que nossa viagem ao Alasca começou no aeroporto de Anchorage e espero que se você um dia for até lá que reserve um tempinho para conhecer bem o aeroporto, seja como introdução ou despedida de uma cidade cheia de peculiaridades.
Respostas de 15
Caraca, que demais esse aeroporto! Nunca havia ouvido falar sobre. Não vejo a hora de conhecer o Alasca!
Alasca é um sonho pra muita gente e também quero muito conhecer! O que eu achei formidável foi o painel feito com fotos do instagram! Acho que todo lugar tinha que ter um desses!
Também adorei aquele painel, olha que ideia pra fazer um em casa!
Ao chegar ao Alaska, de certa forma, vem aquela sensação de se estar realmente distante de todo o resto.