Cruce Andino: de Bariloche a Puerto Varas

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Cruce Andino: uma viagem com 8 horas de duração, em três embarcações e em três ônibus, mas não se trata de uma viagem para chegar a um destino. O objetivo é o caminho, a paisagem de lagos, vales, montanhas de picos nevados, floretas úmidas. A excursão parte de Bariloche na Argentina com destino a Puerto Varas, no Chile – ou o sentido inverso. Eu fiz o Cruce Andino no inverno, a convite da Turisur, partindo de Bariloche numa sexta-feira, pernoitando duas noites em Puerto Varas e retornando a Bariloche no Domingo. Conto agora neste post minhas impressões.

San Carlos de Bariloche

Mas o que é o Cruce Andino, afinal?

Não se trata de um cruzeiro, pois como eu disse além dos passeios de barco em lagos, três ônibus vencem a parte terrestre entre vales e montanhas. Veículos ou embarcações particulares não estão autorizados neste caminho, pois não há estrutura de estradas ou ferryboats, então a estrada de mão única é só para seu grupo, assim como a navegação em alguns dos lagos. Além de ser um caminho com paisagens deslumbrantes, é também histórico, porque era o único usado para se comercializar artigos do Pacífico e produtos patagônicos antes da construção da Ruta 40, uma espécie de Route 66, que cruza a Argentina.

Cruce Andino Bariloche
O percurso completo do Cruce Andino

Como fazer o Cruce Andino

Como eu disse, o Cruce Andino pode começar em Bariloche ou em Puerto Varas (ou Puerto Montt). Em Bariloche é operado exclusivamente pela Turisur e em Puerto Varas pela Turistour.

Seja qual for a origem, o percurso e os pontos a serem visitados são os mesmos, mas no inverno, se você parte de Bariloche, não há luz suficiente no final do dia para visitar o Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, no Chile. A solução é realizar o passeio em dois dias, pernoitando em Peulla no meio do caminho, ou fazer como eu fiz, ficando em Puerto Varas e fazendo o caminho de volta a Bariloche em outro dia. Custos de hospedagem e alimentação não estão inclusos no preço da excursão.

Você pode contratar o traslado hotel-Puerto Pañuelo (leia sobre a estrutura do Porto no post Puerto Blest e Los Cantaros), de onde partem as embarcações que navegam o Lago Nahuel Huapi ou chamar um remisse (tipo de taxi, comum e seguro). Há também ônibus público que chega até o porto. Leia sobre remisses, ônibus e aluguel de carro em Bariloche no Guia para Planejar sua Viagem a Bariloche.  O percurso até Puerto Pañuelo é muito bonito e é parte do Circuito Chico, uma excursão bastante popular em Bariloche.

Bariloche o que fazer
Puerto Pañuelo no dia do embarque

Como é o Cruce Andino no Inverno

Ao chegar no porto, sua bagagem é identificada e colocada na esteira para embarcar e você só vai revê-la quando chegar ao hotel escolhido, seja em Puerto Varas, seja em Peulla. Por isso, carregue com você tudo o que for precisar ao longo do dia. Depois dirija-se ao guichê no prédio do porto para pagar a taxa de embarque (32 pesos em julho/2015) e aguarde a abertura do portão de embarque.

Pegou o passaporte? Você precisará dele, pois cruzará a fronteira Argentina-Chile ou vice-versa. Esqueci o meu… Pois é, macaca velha relaxa e perrengue, here it comes! Eu também não tinha meu RG porque só carrego a Carteira de Habilitação. Coisas de quem vive em SP. Ainda bem que percebi logo ao receber a documentação da imigração, ainda no porto, a tempo de descer do barco. O pessoal da Turisur foi muito compreensivo e eu não precisei pagar a taxa de embarque novamente quando retornei para finalmente fazer o Cruce no dia seguinte. Obrigada, gente!

Às 10h o catamarã Victoria Andina zarpa para navegar o Nahuel Huapi em direção ao Braço Blest. O barco tem calefação excelente, sistema de som e vídeo, sanitários e cafeteria. Nesta primeira parte do percurso, que dura cerca de uma hora, você certamente vai querer alimentar as gaivotas que seguem o barco, então não se esqueça de levar biscoitos (simples, sem recheio) ou pão. E prepare-se para o frio do inverno com luvas, toucas e um quebra-vento. Logo ao entrar no Braço Blest, vemos a Ilha Sentinela, onde estão os restos mortais de Perito Moreno, grande herói dos parques nacionais e importante figura na demarcação da fronteira entre Chile e Argentina. O barco toca a buzina para prestar sua homenagem. E se você estiver imaginando onde foi que ouviu esse nome antes, ele está presente em ruas de Bariloche, nomeia uma cidade argentina, lagos e é mundialmente conhecido pela geleira que fica no sul da Patagônia Argentina, a (surprise!) Perito Moreno. Aproveite e leia sobre como foi caminhar sobre esta geleira no post Caminhando sobre o gelo. Quem sabe você inclui o Sul da Patagônia no mesmo roteiro?

Cruce Andino passeio em Bariloche

Pouco depois das 11h chegamos ao belo Puerto Blest, onde pudemos tirar algumas fotos. Há um hotel em frente ao porto que possui lanchonete e sanitários, uma praia e o Rio Frias, mas não há muito tempo para curtir o lugar (faça o passeio Puerto Blest para isso) pois o primeiro ônibus do dia nos espera atrás do hotel.

Rio Frias Bariloche Puerto Blest
O Rio Frias a poucos metros de desaguar no Lago Nahuel Huapi
Puerto Blest Bariloche no inverno
Puerto Blest

O ônibus é de modelo urbano, com bancos baixos, relativamente confortável, mas o percurso é bem curto, 3 quilômetros, e o sacolejo não chega a incomodar. O trajeto leva entre 10 ou 15 minutos e chega a Puerto Alegre, onde não há nada além da paisagem. E que paisagem!

Puerto Alegre Lago Frias Bariloche além da neve
Em Puerto Alegre pegamos o barco para navegar o Frias

Puerto Alegre fica em uma das pontas do Lago Frias, 770 metros acima do nível do mar, e foi locação do premiado filme Diários de Motocicleta, de 2004. É um lago menor, de águas caudalosas, de um tom de verde lindo e paisagem ímpar, inclusive avista-se dele o vulcão Cerro Tronador, com 3.491 metros de altura. O Tronador tem nove geleiras e algumas podem ser avistadas, principalmente na excursão Cerro Tronador.

passeios em Bariloche
Antiga sede do Parque Nacional no Lago Frias

O percurso neste lago de 70 metros de profundidade é bem curto, apenas 3 quilômetros, mas lindíssimo. Quando chegamos à outra ponta, em Puerto Frias, fazemos os procedimentos de saída da Argentina. Algumas malas são inspecionadas, aleatoriamente.

Passeios pelos Lagos Andinos
Puerto Frias Cruce Andino Lagos Andinos
Bariloche dicas de viagem
Aduaneira argentina

Passaporte carimbado, às 13h nos despedimos da guia argentina e um guia chileno nos acompanha durante o percurso de ônibus de 1h30 até Puella. Tive a grande sorte de ter um guia tão bacana quanto o Guillermo. Sempre acreditei que para se tornar um bom profissional em qualquer área é preciso conhecimento, técnica, experiência, paixão para o trabalho, mas acima de tudo, dom. Guillermo não fez nada diferente dos outros guias, foi apenas ele mesmo, e isso é o que fez toda diferença. As orientações, informações sobre a paisagem, dados históricos eram passados num tom de voz agradável e pausado, o que permitia fácil compreensão do espanhol e principalmente interesse de quem está mais voltado à paisagem do que a números e fatos.

Antes de chegar a Puella, o ônibus faz uma parada bem na divisa entre Argentina e Chile, pouco mais de 200 metros montanha acima (900 metros acima do nível do mar) para fotografarmos.

Cruzar fronteira Chile e Argentina
Cruce Andino Argentina Chile

O ônibus segue em meio a um tipo de floresta denominada Floresta Temperada Pluvial, existente apenas em regiões de latitudes e longitudes diferentes como Estados Unidos (Califórnia, Oregon, Washington e Alasca), Nova Zelândia, Noruega, Tasmânia, Japão e Taiwan. Passa por campos de degelo como o da foto abaixo e por fazendas, que já existiam antes da oficialização da área como Parque Nacional.

como é o Cruce Andino
Cruce Andino cruzando os Andes

Chegando na aduana do Chile, em Peulla, todas as malas e bolsas são inspecionadas e o guia explica o porquê: Chile fica entre a Cordilheira dos Andes a Leste e o Pacífico a Oeste. Estas condições, ao mesmo tempo em que isolam o país, contribuem para a ausência de pragas e doenças provenientes de outros países que pudessem afetar a agricultura, então nenhum alimento in natura pode passar pela fronteira. Eu já falei sobre isso quando cruzei a fronteira Argentina-Chile no post De El Calafate a Torres del Paine.

fronteira Chile Argentina

Peulla é um vilarejo a 76 quilômetros de Puerto Varas e de poucos habitantes. Além da aduana, tem uma escola para atender as poucas crianças (5, segundo o garçom do hotel), o Hotel Natura Patagonia e as atrações locais são passeios a cavalo, caminhadas e tirolesa. Fazemos uma pausa de 90 minutos para almoçar. Quem opta por fazer o Cruce Andino em dois dias, fica hospedado neste hotel e prossegue no dia seguinte ou outro determinado.

Hotel em Peulla Chile
Hotel Natura Patagônia
Peulla Chile Lagos Andinos

Apesar do isolamento de Peulla, os alimentos estavam frescos, mas não posso dizer que foi o melhor salmão ou truta que já comi. O atendimento é meio lento devido aos poucos funcionários, mas que bom não tornaram o almoço do tipo bandejão ou PF. O serviço é a la carte, apesar de estar todo mundo com pressa para seguir viagem. Veja os preços no final deste post.

Como eu fiquei de papo com um casal na hora do almoço, não tivemos tempo para explorar a região (sorry, Marcia e Ademir!), que tem uma paisagem bonita entre montanhas e o Rio Negro. Às 16h tomamos o ônibus até o porto no lindo lago Todos Los Santos, que tem esse nome por ter sido avistado no dia de Todos os Santos.

Peulla Lados Andinos
A estradinha que leva do Hotel Natura ao Lago Todos Los Santos

O lago tem uma cor impressionante (eu falo isso de todos, mas é porque cada um tem um tom diferente do outro e todos lindos). A coloração de lagos de degelo é proveniente de partículas leves que se desprendem da rocha no degelo e, por serem leves, esses sedimentos ficam suspensos na superfície dos lagos.

Lagos Andinos Chilenos

O Lago de Todos Los Santos tem uma área de 178 km² e profundidade máxima de 337 metros (!) e está 150 metros acima do nível do mar. A maior parte dos lagos andinos são profundos assim pela formação glacial e processos vulcânicos, segundo a Wikipedia.

Lago Todos os Santos Chile
O vulcão Puntiagudo
Osorno Chile Cruce Andino
O Osorno
Osorno no Lago Todos Los Santos
navegando o Lago Todos los Santos com o Osorno como testemunha

No inverno, o sol se põe mais ao Norte, e o Osorno fica em contra luz a maior parte da navegação. Acho que de manhã, no percurso Chile-Argentina, fica mais fácil avistá-lo, mas como chovia no dia em que fiz esse trecho, não tenho certeza. Pergunte na agência se fizer questão de boas fotos. Repare nas duas fotos abaixo: a primeira não está em contraluz e vê-se o verde esmeralda do lago. A segunda tem o vulcão Osorno, o porto, o Hotel Petrohue Lodge, mas nada do esmeralda.

Lago Todos Los Santos Chile
Port Petrohue, lago Todos Los Santos
Parques Nacionais Chile
Chegando a Petrohue

Tomamos então o último ônibus do Cruce, com destino a Puerto Varas, por volta das 17h30. O ponto mais afastado de Puerto Varas tinha as margens tomadas por cinzas deixadas pela erupção do vulcão Calbuco, em abril de 2015. Quando nós brasileiros ouvimos falar em cinza vulcânica, imaginamos cinza, ou seja, um pó fino. Sim, o pó fino existe, mas é levado pelo vento, tanto que chega a cidades distantes como Bariloche. Mas aqui, aos pés dos vulcões ativos, são pedriscos pesados. Conversando com um senhor de Puerto Varas que tem um imóvel nesta região, ele disse que seu telhado desabou pelo peso dos pedriscos acumulados no teto da casa.

Puerto Varas Cruce andino
A caminho de Puerto Varas, as cinzas deixadas pelo Calbuco
Cabulco erupção
O Calbuco ainda soltando fumacinha, dois meses depois da erupção

E meu acordo com São Pedro de permitir cenas inesquecíveis, dignas de filmes, em minhas viagens continuou valendo. Olhem o por do sol que avistei no Lago Llanquihue na chegada a Puerto Varas! Obrigada, São Pedro!!!

Puerto Varas Chile

Cruce Andino de Puerto Varas a Bariloche

O Cruce Andino é pago por trecho e a volta só é gratuita se você é argentino ou chileno. Para os demais turistas, é preciso pagar nova tarifa e por isso nem todo mundo escolhe fazer o retorno por esta via. Mas eu queria ter a experiência completa para relatar aqui para vocês!

No Domingo, depois de um sábado com os pés em terra firme, o ônibus passou no hotel  de Puerto Varas (leia minha avaliação do Cabañas del Lago) quando ainda estava escuro. O céu estrelado e a lua cheia da noite anterior tinham dado lugar a um céu encoberto e eu sabia que São Pedro tinha outros pedidos a atender (rsrsrs).

Depois de pegar outros turistas sonolentos e de circundar um terço do lago Llanquihue, chegamos ao Parque Nacional Vicente Perez Rosales, em Petrohue para visitar suas quedas. Vi imagens dali em dias claros e é muito bonito, como o Osorno ao fundo, que na minha foto desapareceu!

Parque Nacional Vicente Perez Rosales Chile
Os Saltos de Petrohue

O ônibus parou em frente a algumas lojas de artesanato e estranhei pois precisamos acessar a trilha passando por dentro de uma delas. Estilo Disney de consumo? A trilha é toda de madeira e com corrimãos e logo no início tem um banheiro. Para circular sobre as quedas, há passarelas metálicas, mas estavam fechadas pelo acúmulo de cinzas do Calbuco (ainda!!!).

cinzas do vulcão
A trilha coberta de cinzas

A guia nos disse para seguir a trilha e virar à esquerda, e mencionou que algumas trilhas estavam interditadas devido às cinzas do vulcão. Mas à direita, tinha indicação de uma trilha que dizia Enamorados e eu, que nem sou curiosa, fui por ela. Sim, ela estava coberta de cinzas, mas nada que impossibilitasse caminhar por ali, como você pode ver na foto acima.

Eu fui a única do grupo que seguiu a trilha da direita e por isso, além de conhecer os saltos, também vi o lago que parecia um cenário de sonho:

Lago em Petrohue Parque Nacional Vicente Perez Rosales
O lago em Petrohue que só eu vi

A foto abaixo em fiz depois de uma tentativa frustrada de fotografar meus pés sentada no corrimão da trilha. Claro que levei um tombo e que bom as cinzas estarem ali para amortecer a queda e evitar que minha câmera se espatifasse no chão – o que aconteceria algumas horas depois, dentro do barco… Estava escrito nas estrelas!

petrohue Puerto Varas
A lagoa esmeralda de Petrohue

As lojas ali têm artesanato de muito bom gosto, além de CDs, livros, mapas. Aproveitei para comprar ímãs de geladeira na lojinha e uma boneca mapuche de feltro que agora faz companhia para os outros objetos de povos nativos que tenho na sala de casa. By the way, já leu o post sobre decoração com suvenires de viagem?

Saindo de lá, em dez minutos o ônibus nos levou ao porto Petrohue para navegar o Todos Los Santos, parar para almoço em Peulla, ônibus novamente, Lago Frias, ônibus rapidinho, Puerto Blest, catamarã e Puerto Pañuelo, ou seja, todo o percurso de volta, igualzinho, mas totalmente diferente, porque chovia, porque nevara no ponto mais alto da estrada, porque quem volta já não é o mesmo que foi!

Cruce Andino com chuva
Com chuva, não se vê toda a beleza do lugar
Bariloche Puerto Blest passeio de barco
De volta a Puerto Blest

Quanto custa o Cruce Andino

preço de 1 de julho a 31 de dezembro de 2019: US$ 295.00 (US$ 148 de 2 a 11 anos).
Além do passeio é preciso pagar, em Puerto Pañuelo, o ingresso ao Parque Nacional (AR$ 400 e AR$ 90 crianças de 6 a 12 anos) e a taxa de embarque (AR$ 90 ). Refeições e hospedagem em Peulla (opcional) não estão inclusos.
Visite o site da Turisur para mais informações.

Refeição em Peulla, no Hotel Natura (preços em pesos chilenos em Julho/2015)
entrada carpacio: 5.000
porção de fritas: 2.500
filé de salmão, merluza e bovino: 7.700,  7.200 e 8.500
salada: de 3.200 a 4.900

Enfim, vale a pena fazer o Cruce Andino?

Se você puder pagar o custo do Cruce, vale sim. É um dia completo de paisagens deslumbrantes onde também se aprende muito se você prestar atenção nas explicações dos guias. Além disso, uma boa parte do percurso não pode ser feito em automóveis ou embarcações particulares. E você não se preocupa com logística, aluguel de carro, taxa e documentação para cruzar fronteira, corrente de neve na roda do carro…

Alternativa ao Cruce Andino

Se você quiser conhecer alguns dos pontos do Cruce Andino, pode fazer em passeios que saem de Bariloche ou de Puerto Varas:

  • Para conhecer Puerto Blest e navegar o Lago Frias: compre o tour Puerto Blest e Los Cantaros com a Turisur. Não é possível chegar até lá de carro.
  • Também dá para avistar o Cerro Tronador do lado argentino fazendo o tour Cerro Tronador, vendido nas agências do centro de Bariloche.
  • Para conhecer as quedas de Petrohue, você pode contratar com alguma agência de Puerto Varas ou, se estiver de carro, dirigir até o parque pela Internacional 225. Mais informações no site oficial do Parque Nacional Vicente Perez Rosales.
  • Para cruzar os Andes entre Bariloche e Puerto Varas, siga a Ruta 40 saindo de Bariloche, passando por Vila La Angostura. Depois de cruzar a fronteira com o Chile, continue por outras três estradas. Não se esqueça de verificar toda a documentação necessária para cruzar a fronteira com carro alugado (a locadora providenciará) e de que no inverno é obrigatório o uso de correntes nas rodas. Leve em consideração que não estamos habituados a dirigir em condições de neve e gelo.
O Cerro Tronador, no meio do Cruce Andino
O Cerro Tronador, no meio do Cruce Andino

Mais sobre os Lagos Andinos

 Bariloche: guia para planejar sua viagem
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Marcia Picorallo

Escrevo o Mulher Casada Viaja com carinho desde 2014, compartilhando minhas impressões dos lugares por onde passei, inspirando e ajudando leitores a planejar suas aventuras.

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COMENTÁRIOS

Respostas de 41

  1. Oi,Márcia! Estou indo no começo de Dezembro,e quero fazer esta travessia.Com quanto tempo de antecedência devo comprar os bilhetes?Tem risco de acabar os bilhetes para determinado dia?

  2. Olá, eu queria muito fazer esse cruzeiro mas queria voltar pra Bariloche para seguir para Villa Angostura e San Martim de los Andes mas só você deixou claro que temos que pagar pela volta eu tinha achado que o valor era pra ida e volta. Que pena !

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