O que fazer no Alasca? Muito mais do que incluí no roteiro de 7 dias que trago aqui, junto a dicas para o planejamento da viagem. Além do roteiro, você encontrará informações sobre clima, custos, transporte e outros.
Por onde começa o planejamento de uma viagem? A gente só deseja o que conhece, então o primeiro passo é ter um repertório rico em imagens de lugares pelo mundo e informações básicas para começar a sonhar. E isso os blogueiros fazem muito bem, não?
Em se tratando de Estados Unidos, cultura que invade nossas casas através de animações, longa metragens e séries, é fácil ter este repertório, mas eu, que não assisto a essas muitas séries sobre o Alasca da TV, não tinha ideia de o que incluir no roteiro de 7 dias no Alasca, tendo tanto o que fazer no Alaska – com K é em Inglês, viu?
Nas pesquisas, percebi que a maior parte dos brasileiros que viaja ao Alasca está dividida basicamente em 3 grupos:
- os que chegam ao Alasca em cruzeiros e visitam portos entre Ketchikan e Seward
- os que chegam ao Alasca para viajar a bordo do trem da Alaska Rail
- os que alugam carro e organizam seu roteiro
Foi este último grupo que me ajudou no planejamento, e é o que você encontrará aqui.
Vale a pena ir ao Alasca?
Várias vezes durante a viagem eu nem acreditava que estava ali. Não por ter sido a realização de um grande sonho, mas por estar numa porção tão remota da Terra, num lugar tão diferente e ainda selvagem em muitos aspectos. Já me senti assim em Torres del Paine e no Deserto do Atacama, ambos no Chile, e pretendo ter a experiência de visitar lugares de que ainda nem ouvi falar.
A vida selvagem do Alasca é farta e é no mínimo instigante saber que alces de 500 kg e 1,80m de altura frequentam quintais, ciclovias e ruas, dividindo espaço com moradores de Anchorage, uma das maiores cidades do estado. Pensar em gente que vive em cidades tão pequenas, menores em população do que condomínios de São Paulo; um lugar que passa 8 meses sob neve e que no pico do verão tem 22 horas de luz solar. Encontrar no cardápio de qualquer restaurante, além do famoso salmão, carne de iaque e de rena – esta presente até nos hot dogs de barraquinhas em Anchorage. Saber que hidroaviões fazem parte da paisagem assim como caminhões em nossas estradas. Tudo isto traz um sabor especial à viagem e faz com que valha a pena. Ah, falei das paisagens?
Melhor época para uma viagem ao Alasca
Esta você já deve saber: o verão é a melhor época para ir ao Alasca, que vai de junho a setembro e é altíssima temporada. Nós fomos na última semana de agosto, os dias ainda estavam relativamente longos, amanhecendo por volta das 6h e escurecendo por volta das 21h, mas no início do mês o sol nasce às 4h30 e se põe às 22h30. No auge do verão, 21 de junho, Anchorage tem 19 horas de luz e Fairbanks, 600 km ao norte, 22! Perguntei para uma moradora se ela ficava atrapalhada e ela disse que nunca chegou a se acostumar. Muita gente não é nativa do Alasca e alguns apenas trabalham lá no verão.
A temporada no Alasca é curta e a maior parte das excursões opera entre meados de maio a meados de setembro, mas em Denali a temporada vai de meio de junho ao final de agosto. Isso significa que os ônibus, único meio de circular pela maior parte do parque, não estarão funcionando fora da temporada, e você ficará limitado a uma parte muito sem graça do parque.
Agora escrevo em agradecimento a São Pedro: dia feliz no Denali Park, um sol lindo, céu azul, e visão completa do pico que nomeia o parque, momento muuuito raro, como todos os funcionários não cansavam de nos dizer, algo que acontece apenas 10% dos dias! Publiquei no Facebook e no Instagram ao menos uma foto por dia desta viagem, e também um vídeo mostrando o Denali. Já acompanha o Mulher Casada Viaja no Facebook e no Instagram?
Temperatura média no Alasca
O período entre 15 de junho e 15 de julho é o de temperaturas mais agradáveis, mas o tempo é bem imprevisível e chove a maior parte do tempo, em qualquer mês. Tivemos muuuita sorte de ter dias claros e sol brilhando, mesmo que de temperaturas mais baixas: 4ºC às 7h, esquentando ao longo do dia. No período em que estivemos lá, o tempo mudava bastante, mas em geral pela manhã estava bem nublado ou com chuva e por volta das 15h o sol dava as caras.
Voos para o Alasca e Preços
O Alasca entrou na viagem principal, os Parques Nacionais de Yoho, Banff e Jasper no Canadá, que revisitamos depois de 21 anos. Enquanto montava o itinerário, sugeri ao Álvaro que, em vez de repetir o mesmo roteiro de 21 anos atrás, poderíamos incluir 7 dias no Alasca na primeira semana. Era só pegar outro voo de Calgary a Anchorage, pertinho em relação à distância do Brasil, “só 2.500 quilômetros”. E foi o que fizemos. Voamos de Calgary a Anchorage, com conexão em Seattle, pela Delta. Compramos 3 bilhetes em jan/18 por R$5.344. Não ficou cansativo porque dormimos em Calgary na noite em que chegamos do Brasil, pegando o voo no dia seguinte para o Alasca.
Para quem pretende ir direto ao Alasca, fiz uma simulação no Google Flights em set/18. Com a alta do dólar em 2018, o preço de 1 bilhete saindo de SP a Anchorage, para Junho/19, é o preço total que pagamos para nós 3!
Cancelamento do voo pela Aeromexico
Se você segue o Mulher Casada Viaja nas redes sociais, sabe que a Aeromexico cancelou nossos voos e nunca nos avisou. Os bilhetes promocionais (pagamos R$ 4.720 nos 3 bilhetes já com taxas) foram comprados em dez/17 no Viajanet, agência virtual que veicula e vende promoções aéreas. No mês seguinte a Aeromexico cancelou a rota entre Cidade do México e Calgary, o que considerei bastante suspeito, não acham?
Descobri o cancelamento 6 dias antes da viagem, quando entrei no site para verificar a franquia de bagagem. O tratamento que deram à situação foi no mínimo desrespeitoso e nem vou falar muito porque senão vira sessão de terapia. A Viajanet se eximiu de qualquer envolvimento porque eu tinha entrado em cotato direto com a Aeromexico e a Aeromexico disse que a obrigação da comunicação era da Viajanet.
Passamos uma semana cheia de tensão e toda a expectativa deliciosa que antecede uma viagem também foi cancelada pela Aeromexico. Depois de muita negociação, consegui um voo parecido com o que havia comprado, mas não tive nenhuma compensação pelo transtorno que nos causaram.
Saiba que a empresa aérea tem que te realocar num voo de igual qualidade ou superior e arcar com despesas de hotéis e alimentação provenientes da mudança. Em minha vida de turista, apenas uma vez tinha passado por algo semelhante, um overbooking no voo de retorno de Nova Iorque. Mas americanos não são mexicanos e nos colocaram numa van com voucher para despesas de hotel e um crédito de USD$500 para voar novamente com a United dentro de 12 meses. E o voo saiu no dia seguinte – e nos colocaram na classe executiva. Foi quando conheci do Canadá, aproveitando o voucher no ano seguinte.
Breve história do Alasca
O Alasca era parte do território russo, colocado à venda por dificuldades financeiras e por receio de que fosse dominado pela Inglaterra, que na época colonizava o Canadá, vizinho do Alasca. Além da proximidade territorial, a Rússia estava em guerra por territórios na Ásia contra a Inglaterra. Segundo informações do Wikipedia, na época havia 2.500 russos ou mestiços, 8 mil nativos e 50 mil inuit (esquimós) e apenas dois vilarejos, Sitka e Kodiak, que comercializavam peles de leões marinho e focas.
A transferência formal do Alasca ocorreu em 18 de outubro de 1867, mas é na última segunda-feira de março que os alasquianos comemoram a compra, o Seward’s day. Seward, que nomeia a cidadezinha portuária no Sul do Alasca, é o sobrenome do então secretário que intermediou a compra com o barão Edouard de Stoeckl, embaixador do império russo.
Quanto tempo ficar no Alasca?
Em uma semana é possível visitar pontos turísticos importantes, mas se você dispõe de mais dias poderá acrescentar cidades que não tivemos tempo de visitar, como a capital Juneau e Fairbanks. Mais tempo também permite fazer mais trilhas, claro.
O que Fazer no Alasca: Roteiro de 7 dias e distâncias
Nosso roteiro de 7 dias no Alasca inclui apenas uma pequena parte do estado, quando visitamos o techo entre o Denali e Seward.
- Dia 1 – chegada a Anchorage no final do dia: retirada do carro no aeroporto, que fica a 7km do centro, praticamente dentro da cidade
O aeroporto de Anchorage é uma introdução deliciosa ao Alasca, confira porque em Aeroporto de Anchorage: a viagem ao Alasca começa aqui
- Dia 2 – conhecer a cidade de Anchorage: Museus Alaska Heritage e de Anchorage; Denaley park strip; trilha até Flattop Mountain; Lago Spenard; Earthquake park; passear pelas 4th e 5th avenues; ver salmões subindo o rio em Ship Creek.
Para dicas completas, leia O que Fazer em Anchorage e outras dicas
- Dia 3 – Roadtrip até o Denali National Park: 385 km até o Visitors Center, com paradas para avistar o Denali e na simpática Talkeetna para almoçar e comprar souvenirs
- Dia 4 – tour de ônibus no Denali de 9 horas de duração, até Eielson, onde se tem a melhor vista do Denali (antigo Monte McKinley).
Conto em Denali Park, Alasca: Nós na Natureza Selvagem
como foi o dia a bordo do ônibus do parque nacional
- Dia 5 – roadtrip de volta a Anchorage
- Dia 6 – roadtrip a Seward – 200 km – a Seward Highway tem vários mirantes e lugares para estacionar e curtir. É uma estrada muita bonita, com trechos com vista para a enseada Cook e outros entre florestas e geleiras. No meio do caminho, muitas coisas alasquianas para se fazer, como pegar trilhas para ver geleiras, ver salmões subindo o rio, observar hidroaviões pousando ou decolando, ver vida selvagem no Alaska Wildlife Conservation Center e, se tiver sorte, na natureza ou na estradas. Em Portage, trilhas curtas e acessíveis permitem boa aproximação de geleiras
Confira as paisagens e dicas de onde parar em
Roadtrip entre Anchorage e Seward: a melhor do Alasca
- Dia 7 – Seward: passear pela cidade e fazer cruzeiro na Ressuraction Bay, navegando entre fiordes de rica vegetação e vida marinha: orcas, leões marinhos, lontras, baleias
Leia o relato do cruzeiro que fizemos em Seward: Alasca: cruzeiro nos Fiordes de Kenai, em Seward
- Dia 8 – retorno a Anchorage
- Dia 9 – voo de partida
O que fazer no Alasca em 10 dias
Como você pode ver, tivemos mais do que 7 dias, mas desconsiderei os dias incompletos. Se você tiver 10 dias completos, sugiro que faça também:
- no dia de retorno do Denali a Anchorage, se o dia estiver claro pare em Talkeetna e faça um dos voos ao redor do Denali, a maior montanha da América do Norte, sobrevoando geleiras. No dia em que chegamos eu não quis ir, deixando para ir na volta, mas aí não consegui vaga. Converse se é possível deixar o nome numa lista, sem compromisso, porque voar com tudo enconberto, o que não é incomum, não vale a pena. Em Moose Pass, entre Portage e Seward, também decolam hidroaviões, assim como do Lago Spenard em Anchorage, mas cada local vai sobrevoar lugares distintos.
- curta o teleférico e o visual do resort Alyeska, 68km a sudeste de Anchorage.
- passe mais um dia em Seward para fazer trilhas no Exit Glacier ou outra rota de cruzeiro oferecido pela Major Marine.
Roteiro combinado – o que visitar perto do Alasca?
Se você tiver cerca de 30 dias, pode combinar uma viagem ao Alasca com o Oeste Canadense e Americano e visitar:
No Canadá: Vancouver, Victoria (na Ilha de Vancouver), subir a gôndola em Whistler (todos na província de Colúmbia Britânica) e, dependendo do tempo disponível, os parques de Jasper, Yoho e Banff, nas Montanhas Rochosas, a cidade de Calgary e o Waterton Lakes National Park (províncias de Colúmbia Britânica e Alberta).
Se você vai cruzar a fronteira entre Estados Unidos e Canadá de outra forma que não a aérea, saiba que é preciso ter a entrada carimbada em aeroporto canadense quando chegou ao país pela primeira vez, senão seu visto eletrônico, o eTA, não terá validade e você não reentrará no lindo e simpático e gentil Canadá. Leia o post com o passo a passo para emitir o eTA, o visto eletrônico canadense, e informações relevantes para não dar problema ao cruzar a fronteira.
Nos Estados Unidos: Seattle, Parques Nacionais Mount Rainier e Olympic (todos no estado de Washington – estado, não o DF, que fica na costa leste) e Glacier National Park (Montana). Leia o post Cruzando a fronteira Canadá-Estados Unidos: roadtrip entre Alberta e Montana
Onde ficar no Alasca e quanto custa um quarto de hotel?
Como em qualquer lugar, os preços variam de acordo com a classe, cidade e localização do hotel. Nos hospedamos em hotéis com notas superior a 8 no Booking.com e os preços foram de USD$170 a USD$190. Muitos hotéis têm uma mini cozinha, com geladeira, microondas, cafeteria elétrica e não oferecem café da manhã. Informação sobre cada um deles você encontra nos posts de cada cidade abordada, confira na página do Alasca as atualizações.
Se você está gostando das dicas, faça a reserva de seu hotel pelo Booking.com, o mesmo que uso em todas minhas viagens, mas faça através deste link, porque assim o blog recebe uma porcentagem – que não sai do seu bolso, pode comparar! Isso ajuda a pagar as despesas de hospedagem e apps, etc. É um gesto simpático e gratuito, em retribuição às informações recebidas também gratuitamente.
Como economizar no Alasca?
Passagens compradas seguidas de alta de dólar é pra preocupar qualquer um. A vantagem é que a maior parte dos passeios são de natureza, ou seja, não exigem um bilhete. Só gastamos com o ônibus do Denali (USD$100 para os 3) e a entrada no Alaska Wildlife Conservation Center (USD$40 para os 3). O cruzeiro foi uma parceria com a Major Tours.
O jeito foi economizar na alimentação. Quando o hotel oferecia café da manhã, daqueles americanos com omelete, bacon, waffle, muffin, frutas, cereais, iogurte, sucos, etc, a gente só sentia fome bem tarde, então acabávamos almoçando/jantando. Quando não tínhamos café da manhã incluso, passávamos no Walmart ou Seven Eleven e comprávamos garrafinhas de mocha do Starbucks, suco de laranja Tropicana, pão de forma, creamcheese e frutas, e tomávamos café no quarto. No almoço comprávamos um lanche natural e fazíamos um picnic e só jantávamos em restaurante. Frutas e salgadinhos a gente deixava no carro pra ir beliscando entre uma parada e outra. Comer em restaurante não é caro, o problema é ter que pagar 4 vezes mais – e ainda tem a gorjeta, que em geral já vem impressa na conta, com opções de 15, 18 ou 20%.
Preços médios em restaurantes no Alasca
Assim como hotéis, restaurantes também variam bastante, mas coloquei os preços médios de alguns pratos que comemos (em dólares americanos):
- porção de Fish & chips: $16
- Talharim com molho branco e camarões: $21.80
- Filé mignon com fettutini: $20.80
- Salada Caesar: $12
- Salmão com legumes: $ 28
- hambúrger com fritas: $ 14
- Coca-cola: $3.39
- chopp da Budweiser: $5.30
- cerveja local artesanal: a partir de $5
Preços de alimentos no Walmart/Target
- 1/2 kg de cerejas: $5
- 1/2 kg de bananas: $3
- 1/2 kg de maças: $1.40
- embalagem com 8 mini muffins: $5
- cookies: $2.16
- mocha do Starbucks: $3,10
- cream cheese: $4.80
- lata de castanha de caju: $ 6.60
- pringles: $1.60
Cruzeiro, carro ou trem no Alasca?
Muita gente chega ao Alasca em cruzeiros e fecha pacotes para passeios com agências ou com a própria companhia marítima. Mas os pontos visitados são diferentes dos que entraram no meu roteiro de 7 dias. Em geral, os cruzeiros navegam pela porção ao Sul do Alasca, vizinha da província Colúmbia Britânica.
Eu gosto de roadtrips, de poder parar quando vejo algo interessante, das surpresas pelas estradas. E no Alasca é muito fácil dirigir pois não há muitas estradas para se perder!
Outra opção é vencer os quilômetros sobre trilhos, a bordo do trem da Alaska Railroad, mas o preço é desanimador: USD$816 para nós 3 no trecho Anchorage-Denali na classe Adventure e – calma, não! esta é pra surtar mesmo: USD$1.644 na classe Goldstar! E eu ainda teria que contabilizar o trecho Anchorage-Seward. Alugar o carro foi bem mais econômico. Deixe os trens para a Europa.
Quanto custa alugar carro no Alasca?
Alugamos o carro através da Rentcars.com, que busca preços nas grandes locadoras e faz a reserva de forma rápida e segura. A grande vantagem, além do custo (compare para conferir) é poder pagar em reais e parcelar no cartão de crédito, sem IOF.
Retiramos e devolvemos o carro no aeroporto de Anchorage. O acesso à área das locadoras é fácil, e passamos por um túnel-museu com exposição de peças da cultura inuit e imagens do aeroporto através dos anos.
Por 7 dias de aluguel na Alamo com seguros inclusos pagamos USD$344 + taxas governamentais de 18% (Anchorage rental de 8% e Alaska rental de 10%). Foi a primeira vez que uma locadora americana não tentou me empurrar algum seguro não obrigatório.
Por outro lado, eu havia reservado um toyota Corolla ou Hyundai Elantra, ambos sedans. Na hora da retirada, nos deram um hatch, que não esconderia nossas malas, algo que julgamos mais seguro quando temos várias paradas para fazer entre uma cidade e outra (coisa de brasileiro). Argumentei que eles deveriam me oferecer um veículo igual ou superior, mas acabei tendo que pagar mais USD$25/dia para pegar um Camry.
Atualização nov/18: Entei em contato com a Rentcars e expliquei a situação e cobrança indevida. Depois de enviar comprovantes, e aguardar certo tempo, o estorno do valor pago no cartão de crédito foi lançado no meu cartão. Confesso que fiquei até surpresa com o bom atendimento da Rentcars, tanto por telefone como por e-mail, afinal, não estamos acostumados a isso!
Aluguel de carro ou motorhome (RV) no Alasca
Quando planejava a viagem, pesquisei a possibilidade de rodar pelo Alasca de motorhome (RV), que rendeu o post Motorhome ou Carro+Hotel no Alasca, com considerações sobre combustível e outras taxas extras.
Uma sugestão: se você puder, alugue uma pickup bem alta. Depois de rodar pelas estradas vimos muitos carros com a frente amassada, provavelmente por atropelamento de alces ou cervos. O carro alto oferece maior proteção, uma vez que o para-brisas ficará mais alto em relação ao corpo do animal.
Wifi e chip internacional
Sim, o Alasca é um mundo à parte. Não há wifi em quase nenhum restaurante e muitas partes de estradas não têm sequer sinal. E as telefônicas não vendem chip com planos inferiores a 30 dias. Conseguimos wifi no Walmart e no restaurante Olive Garden, ambos em Anchorage, e na cervejaria de Talkeetna, além dos hotéis, claro. No Denali, conseguimos wifi no Wilderness Access Center, de onde partem os ônibus.
Para dirigir, não alugamos GPS, mas é quase impossível se perder porque há praticamente uma só rodovia para ir do Denali a Seward e a região central da cidade de Anchorage tem ruas numeradas. Seward é tão pequena que não dá pra se perder. No resto, tudo é bem sinalizado. Eu colocava a rota do dia no Google Maps ainda no hotel e navegávamos no offline.
Eu tinha programado usar o chip da EasySim4U, principalmente para estar conectada o tempo todo para postar mais fotos e vídeos nas redes sociais, já que muita gente estava curiosa a respeito da viagem. Mas eles não o ativaram (jezuis, esta foi a viagem dos perrengues!). Quando cheguei em Anchorage, responderam à minha reclamação, pediram novamente todos meus dados – que estavam no histórico do mesmo email! Nem respondi.
O que colocar na mala para uma viagem ao Alasca
Não se engane: mesmo durante o verão faz frio e no máximo você vai arrancar seu casaco na hora do almoço durante uma trilha, mais pelo calor do corpo do que do sol. Lembre-se que os passeios são de natureza, então o casacão de lã ou as botas de salto (please don’t) não vão combinar.
Eu coloquei tudo numa mala tamanho G, até porque nosso voo entre Calgary e Anchorage tinha bagagem taxada (USD25 até 23kg). Confira o que levei para este roteiro de 7 dias no Alasca e outros 7 no Canadá no final do verão:
- 3 jaquetas impermeáveis, 1 delas com fleece
- malhas e leggings para usar por baixo – não usei nada, mas como eu disse quase não choveu, o que eleva a temperatura
- meias térmicas, luvas, gorro e echarpes – Só usei o gorro no cruzeiro em Seward.
- 1 par de botas de caminhada e 2 pares de tênis – 1 deles quase não saiu da mala
- 4 calças, 2 leggings
- 1 camiseta por dia
- 3 malhas para usar debaixo do casaco – não usei nenhuma porque o frio não foi suficiente
- câmera fotográfica, de preferência com zoom para fotografar a vida selvagem que às vezes fica distante
- binóculos para observar os animais nas montanhas e baleias e outros animais marinhos
- mochila de passeio
Aurora Boreal no Alasca
As luzes do Norte, ou Aurora Boreal, são um fenômeno que muita gente sonha ver com os próprios olhos e acalentei esta possibilidade nos meses que antecederam a viagem, porque o site Aurora Watch traz imagens do fenômeno a partir do mês de agosto. Não rolou, eu acho, porque quando finalmente escurecia eu estava cansada demais para ir caçar aurora boreal.
Tomadas e Voltagem
As tomadas são as de 2 pinos chatos, como em todo o resto dos Estados Unidos, leve seu adaptador. Os hotéis em que ficamos tinham abajures com entrada de USB, ótimos para recarregar as baterias.
Tenho certeza de que este post será útil para elaborar seu próprio roteiro no Alasca e no planejamento de sua viagem. Confira na página-índice Alasca todos os posts. E não se esqueça de usar os links de reserva de hotel, de carro, seguro viagem e outros aí na barra lateral. Você resolve sua viagem com segurança de minha indicação e ajuda a manter o blog no ar e outras pessoas a realizar sonhos de viagem. Porque o Alasca cabe bem nessa descrição!
Respostas de 31
ola boa noite por gentileza qual empresa você fez de ônibus no Denali
Oi, Cris, é a única que serve o parque. Vc vai encontrar estes detalhes em https://mulhercasadaviaja.com/denali-park-alasca-onde-ficar-comer-natureza-selvagem/
Amei
Quero conhecer Alaska
Problemas não falo nada em inglês.
Gostaria de fazer roteiros completos
O que faço?
Obrigado
Jurandir
Oi, Jurandir, tudo bem? Ao que você se refere quando diz roteiros completos? Até é possível viajar sem saber inglês, mas se acontece algum imprevisto você realmetne precisará dele. Em outras regiões, sempre tem um brasileiro pra ajudar, mas o Alasca foi o único lugar pra onde viajei que não encontrei um só brazuca. O ideal é você comprar um pacote numa agência de turismo, que tenha um guia falando português ou ao menos espanhol. Não conheço o serviço da Abreutur, dá uma olhada lá. Ou aprenda inglês e viaje de forma independente, como eu acho mais rico.
Boa tarde
Obrigado
Espanhol eu domino inglês me falta
boa noite, vi q vc escreveu q tem carimbar o ETA para valer o visto por via terreste dai? vou descer em vancouver, mas pretendo ir ao alaska de carro, mas achei q precissasse tirar outro visto, pq li q o ETA é só pra chegar aerea, mas qdo vi seu post me animei! rsrs
é possivel fazer isso? CARIMBAR O ETA NO AERPORTO^:??? isso vale dai? o visto americano eu tenho (no caso pra entrar no alaska) mas o problema é pra voltar do alaska pra vancouver (que eu teria q ter o visto do canada por via terreste)
aguardo contato
mtooo obrigada
Oi, Renata, esta foi uma preocupação nossa, pois nesta viagem ao Alasca e Montanhas Rochosas canadenses cruzamos a fronteira para Montana, de carro. Deu tudo certo, mas eu me certifiquei de que nossos passaportes recebessem o carimbo na entrada aérea no Canadá. Parece que nem sempre os funcionários carimbam.
Então sugiro que caso na imigração, na sua chegada aérea ao Canadá, você explique que irá aos EU e que precisa do carimbo porque tem apenas o ETA. E vá na fé. Canadenses em geral são muito prestativos e educados : )